Goiânia espera por provas internacionais
A frustração de não ser opção para a realização da Fórmula Indy não impede o autódromo de Goiânia de pleitear outras provas internacionais. Ontem, o circuito recebeu o belga Carlos Bertran, responsável da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por vistoriar os locais de corridas na América Latina. Os principais itens analisados estão relacionados à segurança.
Por isso, Bertran orientou a administração do autódromo a fazer alterações nos guardrails. Hoje, eles têm apenas duas lâminas, mas devem ter três e mais altas, além de mudanças de posicionamento. Também será necessária a intervenção no centro médico do local, que terá de ser ampliado – as paredes internas serão demolidas.
Bertran disse, de forma descontraída, que a pista o agradou e que gostaria de correr no circuito. “É uma pista muito boa, que me fez lembrar muito a de Curitiba. É (circuito) um pouco mais amplo e tem mais ângulos. Por isso, talvez seja mais interessante. Parece ser bom o bastante. Tem só alguns detalhes para torná-lo mais moderno, mais seguro, como o guardrail, que precisa ser alterado para ter a licença internacional. A ideia é boa, mas ele tem de ser mais alto”, disse o belga.
O momento da visita é bom. O inspetor revelou que a FIA vem tentando se aproximar das confederações de automobilismo de países de fora da Europa. “Eu acho que nós tínhamos de ter vindo antes.” Bertran explicou que, para as provas de turismo, o circuito goiano está adequado, mas que as exigências feitas são importantes para que o autódromo seja seguro, também, para corridas de fórmula (excetuando a Fórmula 1, que tem exigências ainda maiores).
Homologação
A Federação Goiana de Automobilismo (Faugo) solicitou a inspeção para homologação de grau 2, mas a tendência é que a primeira autorização seja a de grau 3, considerando o que explicou Bertran, que citou a graduação menor durante todo o tempo. “Normalmente, eles dão o nível 3 e depois mapeiam as corridas, acompanham, para dar o certificado de grau 2”, afirmou Jhonny Bonilla, presidente da comissão de circuitos da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), que acompanhou a inspeção.
Se a expectativa se confirmar, Goiânia poderá receber as etapas de Porsche GT3, Fórmula 3 Internacional e do Campeonato Mundial de Turismo (WTTC, sigla em inglês), por exemplo. Presidente da Faugo, Ney Lins acredita que a resposta deve sair em cerca de um mês. Se concedido, a Faugo ou o autódromo terá de desembolsar algo perto de R$ 144 mil para pegar o certificado, que tem duração de três anos.
Fonte: Jornal O Popular