VLT de Goiânia: Sem dinheiro e sem previsão de início
Essa é a situação das obras do VLT em Goiânia. Para tentar tirar projeto do papel, governo pede inclusão da obra na próxima edição do PAC
Sem dinheiro e sem prazo para começar. Esta é a atual situação das obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sistema de transporte que deverá substituir o Eixo Anhanguera. Para resolver o problema, o governador Marconi Perillo esteve na última segunda-feira (17), em Brasília solicitando a inclusão do VLT no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O VLT de Goiânia custará aos cofres do Estado R$ 1,1 bilhão. Segundo a assessoria do governo, a atual crise econômica dificulta a viabilização de recursos federais e estaduais necessários para o projeto sair do papel.
A Concessionária Mobilidade Anhanguera, constituída para o empreendimento, informou em nota, que a obra só começará após emissão da ordem de serviço pelo Estado de Goiás. A concessionária aguarda algumas providências, como a contratação de financiamento por parte do Estado de sua parcela nos investimentos, a desapropriação das áreas críticas para a implantação do VLT e a assinatura do contrato de garantias da contraprestação. A Concessionária Mobilidade Anhanguera tem 90% de participação da empreiteira Odebrecht TransPort (a empresa é, inclusive, uma das investigadas na Operação Lava-Jato da Polícia Federal), e o restante de um consórcio formado pelas empresas que explora o sistema de transporte coletivo na Grande Goiânia.
Serão 13,6 quilômetros que ligarão os terminais Padre Pelagio e Novo Mundo, nos extremos oeste e leste da capital. No projeto, toda a Avenida Anhanguera será revitalizada de fachada a fachada, com novas calçadas, sinalização vertical e horizontal, acessibilidade, iluminação, mobiliário urbano, paisagismo, novo sistema de drenagem para evitar alagamentos e recuperação de oito praças, entre elas a Praça A. Alguns cruzamentos serão fechados durante sua construção, porém, segundo a empresa responsável, o trânsito terá maior fluidez, pois cada trem equivale à retirada das ruas de cerca de oito ônibus comuns ou 300 carros.
O veículo é movido à energia elétrica, que evitará a emissão de cerca de 300 toneladas de CO2 por dia. A via permanente será toda em grama, o que adicionará cerca de 100.000 m2 de área de drenagem natural. Além disso, os terminais de integração e as estações serão reconstruídos.
Obras do BRT em Goiânia chegam ao Centro
As obras do sistema BRT de Goiânia chamado de “Corredor Goiás Norte/Sul”, que está concentrado no momento na Avenida Goiás, desde julho deste ano, terá próximas intervenções na Avenida Perimetral Norte até o Recanto do Bosque, Praça do Trabalhador e Terminal Isidória até a Praça Cívica, afirma o coordenador do BRT Norte-Sul de Goiânia, Ubirajara Alves Abbud. No caso do Terminal Isidória terá um terminal próximo provisório, pois será construído um novo terminal no local.
Apesar da retirada das arvores na pista central da Avenida Goiás, que gerou polêmica, Abud garante que a área afetada terá um paisagismo nos canteiros que dividirão as pistas e as calçadas. Além deles, a integração será feita por meio de 39 plataformas de embarque e desembarque. Na lista de ações há ainda a instalação de sistemas de iluminação e de drenagem pluvial mais moderno, de sensores e câmeras de monitoramento e execução de projeto paisagístico.
“Indiretamente e diretamente serão beneficiados 140 bairros, sendo cerca de 500 mil pessoas”, diz o coordenador. Até agora, já foram gastos 10 milhões de reais, segundo ele, mas estima-se no total um gasto de 340 milhões de reais. O conjunto da obra têm um prazo de três anos, ou seja, até meados de 2017, para ser concluído.
Fonte: Jornal O Hoje