Universíade 2019: Governo de Goiás desiste de sediar Jogos Universitários Mundiais

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Secretária Raquel Teixeira informou que o governador Marconi Perillo tomou a decisão de não realizar o evento no Estado

O Governo de Goiás desistiu de sediar a edição 2019 dos Jogos Mundiais Universitários, a Universíade. A informação foi confirmada pela secretária de Educação, Cultura e Esporte, Raquel Teixeira, na manhã desta quinta-feira (23/7), durante o lançamento do 17º Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica).

“Infelizmente o governador Marconi Perillo tomou a decisão de não realizar os jogos. Sem o apoio do governo federal, não há porque arcar com isso — principalmente por causa das dificuldades do ajuste [fiscal]. É uma pena. “, declarou ela.

Havia a possibilidade do evento ser sediado em Goiânia, após o Governo do Distrito Federal ter anunciado no fim do ano passado que não tinha mais interesse em Brasília ser a cidade-sede. Com a desistência e sem uma nova sede brasileira, a Federação Internacional do Esporte Universitário (Fisu) deve aplicar uma multa de R$ 20 milhões.

Ao Jornal Opção Online, o Ministério do Esporte informou que o valor deverá ser pago pelo Governo do DF, que é o signatário do documento de compromisso.  No entanto, a secretaria de Esportes do DF relatou que acredita “não haver multa” nesse caso. “Fui informada pelo presidente da Fisu, Jean Claude-Louis, que o Brasil será multado e suspenso por dois anos de todos os eventos esportivos mundiais”, garantiu Raquel Teixeira — que esteve na Coreia do Sul para participar da Universíade 2015.

Ainda de acordo com a secretária, o governador Marconi Perillo, atendendo a uma solicitação explícita do Ministro do Esporte, tentou ajudar no caso. “O ministro George (PRB) Hilton veio a Goiás, houve um almoço no qual eu participei e ele pediu que o governador tentasse captar o evento para Goiânia. Chegamos a conseguir um empresário que estava disposto a construir a Vila Olímpica, mas era preciso viabilizar outros 400 milhões de reais”, contou ela.

O caso

A escolha de Brasília como sede da Universíade de 2019 foi anunciada no final de 2013, durante um evento na Bélgica. Como acontece nas Olimpíadas e na Copa do Mundo, os Países interessados pleiteiam uma edição da Universíade. E é esse o ponto que enfureceu a organização: o ex-governador do DF, Agnelo Queiroz, e a presidente Dilma Rousseff (ambos do PT) assinaram um documento de compromisso para a realização da próxima edição na capital federal.

Derrotado nas eleições de 2014, Agnelo saiu do governo e, ao assumir, Rollemberg anunciou que não teria interesse em promover o evento esportivo, que tem gastos estimados em R$ 2 bilhões. “A decisão foi tomada por causa da situação financeira, e é exclusivamente pela situação financeira. Seria um evento positivo para Brasília, daria destaque para Brasília”, informou o ex-chefe da Casa Civil da gestão Rollemberg, Hélio Doyle, em dezembro do ano passado.

Fonte: Jornal Opção