Imóvel sobe mais que inflação em Goiânia

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Alta de 11,84% e a maior entre 20 cidades pesquisadas pelo índice FipeZap. Ainda assim, a capital tem o segundo menor preço médio do metro quadrado

Goiânia teve a maior alta nos preços dos imóveis este ano, acumulando variação positiva de 11,84% entre janeiro e novembro, segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo portal Zap Imóveis, que acompanha o preço dos imóveis em 20 cidades brasileiras. A pesquisa divulgada ontem mostra que, mesmo com a variação, a cidade permanece com segundo menor preço médio de imóveis entre 20 cidades consultadas.

Conforme o resultado, a alta acumulada na capital este ano é bem superior à estimativa de inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que chega a 5,73% entre janeiro e novembro. Isto significa que houve valorização real no preço médio do imóvel em Goiânia.

Em novembro, o preço do metro quadrado em Goiânia teve variação inferior à expectativa da inflação. A alta nos preços dos imóveis que fechou outubro em 0,99% caiu para 0,53% no fechamento de novembro.

A variação do mês passado é inferior à estimativa do IPCA, e que fechou novembro em 0,59%. Com o resultado, o preço médio do metro quadrado na capital ficou em R$ 4.024, o segundo menor preço médio entre as cidades pesquisadas, superior apenas ao de Contagem-MG (R$3.362).

Estabilidade

Segundo o presidente do Instituto Cidades, da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi) e do Conselho para o Desenvolvimento Urbano da Federação das Indústrias de Goiás (Condur/Fieg), Ilézio Inácio Ferreira, os preços dos imóveis em Goiânia devem se manter estáveis nos próximos meses. “Estamos com preços muito baixos atualmente. Não há risco de quedas nos preços. Isso só pode acontecer em praças onde, por motivo de euforia, houve sobrepreço no passado”, explica.

O número de unidades imobiliárias em estoque permanece relativamente alto, diz Ferreira, em cerca de 9,5 mil unidades. O número é bem inferior às 13,5 mil unidades que compunham o estoque de 2013 porque caiu o número de lançamentos. O que não pode ocorrer, segundo ele, é uma redução grande no estoque, o que poderia implicar em inflação no setor.

“O ciclo do mercado é de longo prazo. A empresa lança um empreendimento e, se ficar dois anos sem vender, mas der conta de continuar a obra, deixa para vender depois. Não tem esse risco de baixar preço. Já estamos com preço muito baixo”, completa Ferreira. (Da redação)

Nove cidades têm alta superior ao IPCA

Apenas nove das 20 cidades pesquisadas tiveram aumento mensal superior ao esperado para a inflação. Na média, o Índice FipeZap acumula alta de 6,35% em 2014. Esse valor é 0,72 ponto percentual superior ao IPCA-15 do período. Ou seja, o quadro dos últimos meses se mantém: o preço médio dos imóveis apresenta pequeno aumento real neste ano.

Na comparação com outubro de 2014, a variação do levantamento foi de 0,45%. Esse valor é menor do que a variação do IPCA (0,59%) esperada para o mês, o que significa que em novembro houve queda em termos reais do preço médio anunciado dos imóveis. São Paulo (0,26%) e Rio de Janeiro (0,16%) chamaram a atenção porque registraram, pelo segundo mês consecutivo, a menor variação mensal desde o início da série histórica.

Considerando os 12 últimos meses, a variação acumulada nas 20 cidades foi de 7,37%. Em novembro, houve redução na alta acumulada pelo décimo segundo mês consecutivo: um ano antes, o aumento em 12 meses era praticamente o dobro (13,8%).

A cidade com o m² mais caro continua sendo o Rio de Janeiro (R$ 10.847), seguida por São Paulo (R$ 8.323). O valor médio do m² nas 20 cidades pesquisadas foi de R$ 7.510.

Fonte: Jornal O Hoje
Foto: Arolldo Costa Oliveira