Caldas Novas: o mais pujante polo turístico do interior do Brasil
A interiorização da presença humana no território brasileiro ainda é um processo que se intensifica desde meados do século passado. Já se passaram 514 anos desde a chegada dos portugueses, 192 da emancipação de nossos colonizadores e 125 anos da libertação dos grilhões do império, mas continuamos uma nação costeira. A ascensão de um polo turístico a 138 quilômetros de Goiânia, em pleno interior de Goiás, é um forte exemplo de que começamos a superar a concentração de destinos turísticos à beira-mar. Aos poucos, estamos explorando as paisagens e encantos do interior do 5º maior território do mundo e nesse cenário destaca-se Caldas Novas.
Conhecida internacionalmente por suas águas quentes, a cidade goiana já figura como o sétimo ponto turístico preferido pelos brasileiros. O destino oferece uma infraestrutura de hospedagem rica e diversificada, com muitas opções de entretenimento, impulsionada pelo mercado turístico nacional que vem crescendo nos últimos anos.
A região tem mais de 66.300 leitos e 16.021 apartamentos distribuídos entre cerca de 202 empreendimentos hoteleiros, resorts e pousadas. Amplo, o setor hoteleiro é composto por estabelecimentos com serviços de qualidade e eficiência, acolhendo cerca de um milhão de visitantes a cada ano. Por sua vez, para atrair ainda mais clientes, os empresários da região vêm investindo intensamente na profissionalização do atendimento aos turistas e em uma ampla divulgação que inclui a promoção de parques aquáticos.
Todas as mídias são contempladas: redes sociais, propagandas em rádio, televisão, impresso, internet, canais pagos e, também, as agências de viagens. O resultado é o crescente reconhecimento por parte da população de que há infraestrutura de qualidade longe da costa. Tanto é verdade, que boa parte da hotelaria local exibe taxas médias mensais de ocupação superiores a muitos resorts do litoral brasileiro – inclusive os do Nordeste.
Além de águas termais, a indústria turística regional tem explorado com sustentabilidade o Parque Estadual da Serra de Caldas Novas, criado para preservar a área de captação dos mananciais de águas quentes, proteger a mata do Cerrado e sua biodiversidade. Outro exemplo é o Lago de Corumbá, com 65 km² de superfície, foco de muitos investimentos imobiliários e apreciado pelos visitantes para a prática de esportes náuticos, passeios de barco, pesca esportiva e exploração de cachoeiras da região.
O Jardim Japonês, próximo ao centro da cidade, resgata o ambiente de paz e meditação dos monges budistas, mas a atividade turística vai além e se apresenta como uma das grandes propulsoras do florescente comércio de laticínios, moda praia, lembranças, doces e compotas e artesanato. Em complemento, ainda temos a Feira do Luar, que acontece entre sábado e segunda-feira, e traz ampla diversidade de bijuterias feitas com pedras brasileiras, sapatos, roupas e gastronomia típica da região.
O destino também apresenta opções adequadas para jovens, casais, famílias e aposentados – este último, inclusive, trata-se de um fiel público da região e encontra nas águas termais uma diversão saudável, calma e muito relaxante. Por outro lado, anualmente, a cidade recebe shows de música pop, geralmente realizados em alguns de seus grandes parques aquáticos, e mostra seu potencial para outras faixas etárias.
Assim como Caldas Novas, há vários polos turísticos em desenvolvimento em inúmeras regiões do interior do Brasil, mas nada, por hora, comparável à força do destino que ostenta um fluxo de visitantes em expansão – tanto advindos de excursões rodoviárias, milhares ao mês, como por via aérea, via aeroporto da cidade, que ostenta uma média de 5.300 desembarques mensais. Em suma, ciente da sua responsabilidade em uma nova tendência de interiorização do turismo no País, todos na cidade – poder público, setor privado e cidadãos – estão empenhados em acolher todos os visitantes com o máximo de eficiência, qualidade e respeito.
(Waldo Palmerston Xavier, diretor-presidente da Rede de Hotéis de Privé)
Fonte: DM