Governador recebe comitiva de empresa da Bielorrússia
Os diretores da Belaz, indústria da Bielorrússia que produz caminhões pesados utilizados na mineração, Aleh Mazura, Aleh Stsiapuk, e Dzianis Yaskevich, foram recebidos na manhã de hoje pelo governador Alcides Rodrigues. Eles almoçaram no Palácio das Esmeraldas pouco antes do embarque de volta para o Leste Europeu. Além do governador, participaram do encontro o secretário da Indústria e Comércio, Luiz Medeiros e o secretário de Assuntos Internacionais, Elie Chediac.Os bielorrussos estavam em Goiás desde o início da semana, definindo as ações para a instalação de uma unidade do grupo no Estado. A visita é resultado da parceria comercial entre o Estado e o País europeu. Além da fábrica de caminhões pesados, Goiás também foi escolhido para sediar uma unidade da MTZ, a maior fábrica de tratores do mundo, que também tem origem na Bielorrússia. Uma comitiva da empresa desembarca em Goiás no mês que vem.
De acordo com o secretário de Assuntos Internacionais, Elie Chediac, o grupo ficou impressionado com a potencialidade de Goiás. “Eles vieram ao Brasil pela primeira vez e gostaram muito. Além de ver um mercado enorme para os produtos da empresa, eles observaram a posição geográfica do Estado, que possibilita distribuição para todo o País e também a América Latina”, disse.
Os caminhões produzidos pela Belaz têm capacidade de carga de até 300 toneladas e alguns modelos chegam a custar R$ 5 milhões. As pretensões de investimento da empresa no Estado podem chegar a US$ 300 milhões. “Ficamos impressionados com a beleza e com a pujança de Goiás. Tem aqui um povo amigável, hospitaleiro. Parece muito com o povo do meu País”, disse Aleh Mazura. Antes da viagem de volta, o grupo solicitou ao Estado informações a respeito da capacidade de produção de minérios e também sobre incentivos fiscais.
Produção
Hoje os bielorrussos têm um produção anual de 70 mil tratores. Além da implantação de montadoras de máquinas pesadas aqui, Goiás também tem interesse na aquisição de potássio do País. A Bielorrússia produz 30% do potássio consumido no mundo. O produto é uma das bases de produção de fertilizantes. Das seis milhões de toneladas de potássio que o Brasil importa, dois milhões vêm da Bielorrússia. E é interesse do País ampliar os negócios na América Latina e Goiás seria uma porta de entrada para esse projeto.
Por outro lado, os europeus têm interesse na soja produzida em Goiás. Além do grão in natura, eles querem óleo e farelo de soja para alimentação de animais. As terras férteis, a localização estratégica, a produtividade agrícola e os incentivos fiscais oferecidos pelo Governo do Estado também despertam o interesse dos bielorrussos. A negociação representa uma importante via comercial de mão dupla, já que o País seria também uma importante porta de entrada para os produtos goianos no Leste da Europa.
Fonte: Goiás Agora