Goiás é segundo no ranking nacional de geração de empregos com carteira assinada
Na contramão do cenário brasileiro, que terminou o ano com mais demissões que admissões, a economia goiana fechou o ano de 2017 com um estoque positivo de 25.370 vagas de trabalho formais abertas, com crescimento 2,14% na comparação com o ano anterior, ficando em segundo lugar no ranking nacional de geração de empregos com carteira assinada, atrás apenas de Santa Catarina (saldo de 29.441). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego e representam a diferença entre as contratações (577.658) e demissões (552.288) no período.
Esses dados confirmam o bom desempenho da economia goiana, que, desde o ano passado, mostra sinais concretos de recuperação da crise, com altas nas produções industrial, agropecuária e na prestação de serviços, com reflexos no Produto Interno Bruto (PIB), que deverá fechar este ano na casa dos R$ 200 bilhões. “Esses números apontam para um cenário otimista em 2018”, diz o pesquisador em economia do Instituto Mauro Borges, da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), Eduardo Santos Araújo.
O Brasil fechou 20.832 postos de trabalho formais no ano passado. O número é a diferença entre as contratações (14.635.899) e as de demissões (14.656.731) registradas em 2017. Goiás registrou 577.658 admissões e 552.288 admissões, gerando um saldo positivo de 25.370 empregos formais.
Do saldo de 36.823 empregos registrados no Centro-Oeste, Goiás foi responsável por mais de 68%. O emprego formal caiu em três das cinco regiões brasileiras: Norte (-26), Nordeste (-14.424) e Sudeste (-76.600). A região Sul teve saldo positivo de 33.395.
Aparecida de Goiânia - líder no saldo da geração de empregos
Dos 25.370 vagas em aberto na economia goiana, no ano passado, 14.971 foram nas cidades do interior goiano e 3.880 na Capital. O município de Aparecida de Goiânia foi o líder no saldo da geração de empregos, com 4.342, seguido de Goiânia, de Anápolis (1.533), de Rio Verde (1.472) e de Goianésia (1.319).
Em Goiás, todos os segmentos que compõem o cadastro de geração de empregos, com exceção de serviços de utilidade pública e administração pública(-654), registraram saldo positivo. A liderança ficou com o setor de serviços com 10.828 vagas abertas de empregos formais, seguido do comércio com 5.530, da indústria de transformação com 4.785 vagas, puxado pela indústria de produtos alimentícios e bebidas, com 3.060 e da agropecuária com 3.263.
O salário médio pago aos trabalhadores goianos também evoluiu em índice (5,49%), bem superior ao da média nacional (3,1%). Em Goiás, o salário médio pago em 2016 era de R$ 1.245,59 e passou para R$ 1.313,42 no ano passado.
Embora o saldo de empregos formais, ou seja com carteira assinada, tenha tido positivo no ano passado, o mês de dezembro fechou com estoque negativo de 14.345 vagas de trabalho, em função do ciclo econômico do Estado, quando as indústrias reduzem a produção. Nesse mesmo período ocorre a entressafra agrícola o que também contribui para o saldo negativo no mês de dezembro.
Comunicação Setorial – Segplan
Fonte: Goiás Agora