Câmara vai barrar reajuste de 60% no valor do IPTU
Paulo Garcia (PT) vive momento delicado e se vê encurralado pela própria base aliada; vereadores bateram o pé não vão aprovar o aumento de 60% no imposto para 2015 e 30% em 2016, como quer o prefeito; projeto de lei está trancado na Câmara Municipal e discussão ficou para semana que vem; vereadores da base de Paulo e do Bloco Moderado defendem um reajuste de 30% e a oposição afirma que o certo é corrigir o valor de acordo com o índice da inflação; o certo é que o projeto original está barrado e Paulo Garcia já saiu derrotado
Pela primeira vez, Paulo Garcia (PT) se vê encurralado pela própria base aliada de vereadores e sem saída para aprovar um projeto do Executivo. É praticamente certo que o reajuste de 60% no valor do IPTU para 2015, proposto pela prefeitura, não será aprovado pela Câmara Municipal.
A matéria está travada na Casa e deveria ter sido avaliada esta semana. Mas, os vereadores trancaram a pauta porque não há a menor possibilidade de aprovar o projeto, que ainda prevê um novo aumento de 30% para 2016. São 21 vereadores assumidamente contra o reajuste no imposto.
Ao longo desta semana, Paulo Garcia se mostrou irredutível e sinalizou que não recuará. Foi o suficiente para os vereadores também adotarem um discurso mais duro. O presidente da Câmara, Clécio Alves (PMDB), disse que Paulo tem sim o poder de veto, mas que no final quem aprova ou não é a Casa.
A base aliada do prefeito e o Bloco Moderado defendem um reajuste na casa dos 30%. E tentam convencer o Paço a aceitar este valor. A oposição é mais radical e afirma que o imposto não pode ser aumentado além do índice inflacionário. Os vereadores Elias Vaz (PSB), Dra. Cristina (PSDB) e Djalma Araújo (SDD) fazem campanha pesada contra o reajuste.
Nesta sexta-feira, Djalma passou a manhã inteira na Praça do Bandeirante, no Centro da Capital, colhendo assinaturas do povo contra o aumento proposto por Paulo Garcia.
O vereador Wellington Peixoto (Pros) já disse mais de uma vez que o reajuste de 60% não passa na Câmara. Ou Paulo Garcia recua ou sofrerá uma derrota histórica.
Fonte: Goiás 247