Obra do Terminal Bandeiras fica para Réveillon

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CMTC prevê entregar Terminal bandeiras em 31 de dezembro, com seis meses de atraso

Iniciadas com mais de um ano de atraso em relação ao primeiro cronograma, as obras do novo Terminal Bandeiras, na Região Sudoeste de Goiânia, deverão ser entregues com seis meses de atraso em relação à estimativa da Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC) feita no início da construção, em janeiro deste ano. A nova previsão de entrega do terminal, cuja construção está bem adiantada, é para o dia 31 de dezembro. "Para começar o ano de 2011 de terminal novo", informou ontem ao POPULAR o engenheiro de planejamento e obras da CMTC, Benjamin Kennedy Machado.

A última previsão feita pelo presidente da CMTC, Marcos Massad, em 10 de outubro deste ano, era de entregar o terminal no prazo de 40 dias. Kennedy explica que a empresa vencedora da concorrência para a construção teve problemas financeiros e atrasou os salários dos operários, o que prejudicou a manutenção do cronograma. "A obra estava realmente em ritmo bem devagar", reconhece o engenheiro. "De uns 40 dias para cá, ela ganhou outro ritmo, acelerado", afirma.

Previstas para setembro de 2008, as obras do novo Terminal Bandeiras tiveram início em janeiro deste ano. A estrutura existente foi toda demolida e a CMTC instalou um terminal provisório para acomodar os passageiros em uma área distante poucos metros do terminal antigo. As obras agora estão na fase final de acabamento. Os operários estão trabalhando nas instalações elétricas e na parte de revestimento, colocando pisos e louças, além do acabamento das plataformas para embarque e desembarque de passageiros. "Está ficando excelente", diz Kennedy, acrescentando que acredita que o novo Terminal Bandeiras ficará melhor do que o Cruzeiro, em Aparecida de Goiânia.

No próximo dia 30, as empresas concessionárias iniciarão a estrutura telemática, sistema de som e de informações, além de câmeras de monitoramento, a exemplo do Terminal Cruzeiro, medida que agradou os usuários e reduziu o número de ocorrências de crimes dentro daquele espaço. A CMTC está investindo R$ 10,132 milhões na construção do terminal. Kennedy destaca que ele receberá um piso de granitina de alta resistência e que as plataformas lineares são melhores do que as do Terminal Cruzeiro, em formato de L. "Ele não terá placas que impedem a visibilidade de quem está de fora".

Terminal Garavelo

Anunciada para ter início na mesma época, a construção do novo Terminal Garavelo, em Aparecida de Goiânia, será iniciada, em 2011, com mais de dois anos de atraso. O engenheiro da CMTC revelou que ela só terá início depois que o Terminal Bandeiras estiver pronto, porque a companhia vai aproveitar a estrutura do terminal provisório, formado por aço e concreto, para acomodar os usuários do Terminal Garavelo durante as obras. Ele também será demolido e dará lugar a outro terminal, novo e maior. Para isso, a prefeitura de Aparecida de Goiânia desapropriou cinco imóveis e indenizou os antigos proprietários.


A área construída do Terminal Garavelo passará dos atuais 6,7 mil metros quadrados para 13 mil metros quadrados. "Esse terminal provisório ficou muito bom e permite acomodar o usuário com o respeito com que ele merece ser tratado", avalia Kennedy. Na primeira obra, do Terminal Cruzeiro, o terminal provisório foi duramente criticado pelos usuários, pois não oferecia condições mínimas de conforto. Não havia nem calçamento e a situação era agravada em períodos de chuva.

Kennedy observa que o Terminal Garavelo tem grande demanda de usuários e precisa dessa ampliação. "Hoje ele está totalmente saturado, tanto na capacidade operacional como para os usuários", justifica. Ainda não há data estimada para o início das obras. O cronograma da CMTC, na época da licitação do transporte coletivo de Goiânia, previa reformar todos os terminais.

Usuários querem mais conforto e segurança

Usuários do Terminal Bandeiras, ouvidos ontem pelo POPULAR, reclamam da falta de conforto no terminal provisório, instalado em uma área próxima à do terminal demolido. "Deveria ter mais conforto e segurança, com câmeras de monitoramento", sugere o vendedor Anderson Reis Lima, de 22 anos.

Com a filha Amanda, de 1 ano, no colo, a empregada doméstica Adriana da Luz de Jesus Carneiro, de 28, também apontou desconforto nas instalações. "Não há um banco para sentar ou um lugar onde beber. Álém disso, os banheiros são muito ruins", afirma.

A costureira Madalena Dourado Nascimento, 19 anos, diz que gasta mais tempo para retornar para casa, no Residencial Itaipu, do que ir ao trabalho. "Quando chove, nem parece coberto. Molha tudo".

Fonte: O Popular