China pode investir até US$ 7 bi na agricultura goiana

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O Termo de Cooperação assinado ontem pelo Governo de Goiás com a China, durante solenidade realizada no Ministério da Agricultura, em Brasília, pode resultar em investimentos globais de US$ 7 bilhões na produção agrícola em Goiás. O foco principal será a produção de soja nas regiões Norte e Nordeste do Estado, ao longo do eixo da Ferrovia Norte-Sul.

Pelo Governo de Goiás, o documento foi assinado pelo secretário do Planejamento e Desenvolvimento, Oton Nascimento Júnior; e da parte da China, pelo presidente da empresa estatal China National Agricultural Development Group Corporation, ZhengQingzhi, com aval dos ministros da Agricultura da China, Han Changfu, e do Brasil, Wagner Rossi, e do governador Alcides Rodrigues Filho.

Logo após a assinatura, o governador disse que o acordo é fruto do trabalho desenvolvido ao longo dos últimos três anos, em decorrência das três missões que Goiás realizou à China e também das visitas que os chineses fizeram ao Estado no início deste ano e também agora. Conforme o governador, os investimentos chineses em Goiás podem ser ainda mais expressivos nos próximos anos, uma vez que a China tem necessidade crescente de alimentos e Goiás tem potencial para produzir muito mais.

O governador destacou que este acordo é só o começo, para implantação de até 2 milhões de hectares de lavouras de soja, mas terá outras metas que vão culminar com grande avanço econômico de Goiás nos próximos anos. “O mais importante é que essa parceria da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás - Faeg e da Federação das Indústrias do Estado de Goiás - Fieg, está sendo direcionada para o desenvolvimento de regiões até então menos aproveitadas para a agricultura, que são o Norte e o Nordeste do Estado”, afirmou.

Alcides lembrou que essa cooperação é de fundamental importância para o Estado, tanto que vem recebendo integral apoio do Governo Federal. “Prova disso foi o acompanhamento da missão goiana à China em abril deste ano, e agora, a assinatura do Termo de Cooperação no gabinete do ministro Wagner Rossi, juntamente com o ministro da Agricultura da China”, acrescentou.

Memorando
O documento assinado prevê o estabelecimento de uma parceria de longo prazo, em que a China deverá fazer investimentos em Goiás no desenvolvimento agrícola e agroindustrial, financiando novos empreendimentos produtivos. Também poderá estabelecer joint ventures com empresas brasileiras. Além de capital, a China poderá ainda fornecer insumos como fertilizantes, defensivos e sementes para incremento da produção agrícola no Estado. Também caberá à China ampliar as importações de soja e subprodutos.

A cooperação entre Goiás e China não se limita à produção de soja. Pode haver investimentos em criação de aves, processamento de produtos agrícolas e em outras indústrias voltadas para o desenvolvimento da agricultura de Goiás, por meio de investimentos em novos empreendimentos, fusões e aquisições de participação acionária em empresas agrícolas e agroindustriais.

Ao Estado de Goiás cabe selecionar áreas, produtores interessados e métodos adequados para investimentos na agricultura, utilizando esses recursos conforme as políticas de investimentos e leis de ambos os países. Caberá também a Goiás efetuar avaliações e tomar decisões sobre projetos agrícolas que resultem em cooperação efetiva para o aumento da produção agrícola. Todas as atividades vão ser coordenadas pelo Grupo de Trabalho específico já instituído em essa finalidade, na China e em Goiás.

Fonte: Goiás Agora