UFG informa que irá reduzir serviços, mas que ato não será suficiente para evitar paralisação total

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UFG informa que irá reduzir serviços, mas que ato não será suficiente para evitar paralisação total

Universidade divulgou que R$ 27 milhões destinados ao custeio do segundo semestre estão bloqueados, o equivalente a 69% do orçamento previsto Em nota oficial, divulgada na tarde desta quarta-feira (10), a Universidade Federal de Goiás (UFG) informou que novas medidas de racionamento e redução de serviços estão sendo analisadas e implementadas pela gestão, mas que provavelmente elas não serão suficientes para evitar a paralisação total das atividades de ensino, pesquisa e extensão antes do fim deste semestre, o que deve acarretar em “graves prejuízos à comunidade acadêmica e, consequentemente, à sociedade”.

O anúncio se deu em função do bloqueio de 30% do orçamento feito pelo governo federal no mês de abril para todas as universidades e institutos federais.

A reitoria informou que, para os próximos meses, estariam reservados cerca de R$ 39 milhões, metade do orçamento anual de custeio previsto em Lei para a UFG em 2019. Desse montante, aproximadamente R$ 27 milhões destinados ao custeio estão bloqueados, representando um déficit de 69% do orçamento previsto para o pagamento de “serviços essenciais, como energia, água, segurança e limpeza, além do pagamento de parte das bolsas de ensino, pesquisa e extensão a alunos de graduação e de pós-graduação”.

“Iniciamos o segundo semestre com bastante preocupação, visto não haver ainda qualquer sinalização por parte do Ministério da Educação quanto ao desbloqueio no orçamento das Universidades”.

A reitoria também informou que, com o apoio das demais universidades federais, da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior no Brasil (Andifes) e de entidades da sociedade civil e parlamentares, tentará intensificar as ações junto ao governo federal para reverter esse quadro.

Confira a nota na íntegra:

A Universidade Federal de Goiás, ao longo dos últimos anos, tem trabalhado para aperfeiçoar os instrumentos de gestão orçamentária e financeira de forma a garantir o funcionamento de suas atividades, buscando sempre maior eficiência e economicidade. Com o bloqueio de 30% do orçamento pelo governo federal no mês de abril, a UFG chegou ao fim do primeiro semestre de 2019 com severas dificuldades para a manutenção das atividades meio, como contratações e aquisições, porém preservando as atividades fins: ensino, pesquisa e extensão.
Logo após a divulgação do bloqueio orçamentário, as universidades federais iniciaram uma intensa mobilização para reverter esse quadro. Iniciamos o segundo semestre com bastante preocupação, visto não haver ainda qualquer sinalização por parte do Ministério da Educação quanto ao desbloqueio no orçamento das Universidades.

Distribuído de forma equânime entre os semestres, a dotação de cada ano é planejada pela equipe gestora da UFG de acordo com as necessidades contratuais e prioridades da instituição. Para os próximos seis meses, estariam reservados cerca de 39 milhões, metade do orçamento anual de custeio previsto em Lei para a UFG em 2019.

Desse montante, aproximadamente 27 milhões destinados ao custeio estão bloqueados, representando um déficit de 69% do orçamento previsto para o pagamento de serviços essenciais, como energia, água, segurança e limpeza, além do pagamento de parte das bolsas de ensino, pesquisa e extensão a alunos de graduação e de pós-graduação.

Considerando que o orçamento disponível (não bloqueado) não será suficiente para custear as despesas da instituição até o final do ano, novas medidas de racionamento e redução de serviços estão sendo analisadas e implementadas.

A Reitoria da UFG, de forma articulada com as demais universidades federais, com a Andifes e com entidades da sociedade civil e parlamentares, intensificará as ações junto ao Governo Federal para reverter esse quadro. Caso o bloqueio do orçamento persista, a UFG não terá como evitar a paralisação total de suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, acarretando graves prejuízos à comunidade acadêmica e, consequentemente, à sociedade.