BRT segue com indefinições: Onde a obra do BRT não anda
Após 5 meses de trabalho, O POPULAR verificou todos trechos da obra, que pode ser paralisada pela Justiça
Cerca de 150 dias depois de iniciada, a construção do corredor de trânsito rápido para ônibus, o BRT (Bus Rapid Transit, da sigla em inglês) está com problemas espalhados em sua extensão, o que prejudica o avanço da obra. O principal deles é a judicialização do processo desde que o promotor de Justiça Marcelo Fernandes de Melo pediu a paralisação da obra solicitando que seja feito estudo ambiental que justificasse a retirada de cerca de 2 mil árvores.
A juíza Zilmene Gomide da Silva Manzolli, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Goiânia, deve citar a Prefeitura nos próximos dias para justificar a defesa no processo e, posteriormente, decidir se acata ou não o pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO). O caso tem sido apontado como o problema para ampliar as frentes de serviço do BRT, mas, mesmo antes disso, o consórcio responsável pela obra mantém operários em um local, na Avenida Goiás Norte.
O frentista Bonfim Neres Leite, de 38 anos, trabalha em um posto de combustíveis na Avenida Goiás Norte e, mesmo estando no local mais avançado das obras do BRT, duvida que o corredor seja terminado no prazo estimado, até o início de 2017. Para ele, os transtornos no local e os diversos problemas em outros trechos vão fazer com que a construção atrase.
A reportagem do POPULAR percorreu, na tarde de ontem, toda a extensão do BRT e, desde a Avenida Rio Verde e até o Setor Recanto do Bosque, e viu que há desconfiança da população. Comerciantes próximos ao Terminal Recanto do Bosque, por exemplo, duvidam que o corredor vai passar do cruzamento com a Avenida Perimetral Norte. A Prefeitura de Goiânia informou que, em respeito ao processo judicial sobre a obra, não vai se manifestar em relação a continuidade do BRT.
Fonte: Jornal O Popular