Nova sede da Assembleia deve custar até R$ 140 milhões

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Licitação para continuidade da obra é novamente adiada, com aumento de custos, e grupo estima que, se não for novamente interrompida, construção será concluída em 2020

Inicialmente orçada em R$ 54,4 milhões, a nova sede da Assembleia Legislativa de Goiás, no Park Lozandes, deve custar cerca de R$ 140 milhões e, se não for novamente interrompida, será concluída em 2020, 15 anos depois de iniciada. As estimativas são do grupo de trabalho criado pelo presidente da Casa, José Vitti (PSDB), para acompanhar a construção.

Segundo o secretário de Contratos, Convênios e Projetos Institucionais da Assembleia, Anderson Máximo, o grupo está atualmente na chamada fase de compatibilização dos projetos para concluir a adequação da obra à realidade atual. Para isso, estão sendo realizadas algumas reuniões técnicas: “Em vez de lançar edital, ir fazendo a obra e então resolvendo os problemas que possam ocorrer, estamos nos reunindo com os órgãos competentes para evitar qualquer intercorrência”, afirma.

Na quarta-feira (16), o diretor-geral da Casa, Renato Meneses, esteve com o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Márcio de Morais, para discutir detalhes do projeto. Também ficou acordado, na reunião, que a nova sede terá um espaço específico para a Brigada de Combate a Incêndio.

O grupo também trabalha na construção do orçamento da obra para que, já no início do segundo semestre, possivelmente em agosto, possa ser lançado o edital de concorrência. A ideia é que a empresa contratada seja responsável pela empreitada global e que, caso não haja nenhum imprevisto ou recursos de concorrentes, em 45 dias a contratada possa iniciar os serviços, ainda em 2018.

Ainda de acordo com Anderson, o grupo, composto por oito pessoas, espera que a obra seja concluída entre 26 e 30 meses. Atualmente, cerca de 40% da fundação já está pronta, mas como a nova sede deve ter cerca de 44 mil metros quadrados, ainda há muito a fazer.

A nova sede da Alego começou a ser construída em 2005, quando foi lançada a pedra fundamental, mas sofreu sua primeira paralisação em 2007. Depois, foi retomada lentamente em 2013 e novamente interrompida em 2015.

Custos

Inicialmente, ela deveria custar R$ 54,4 milhões, mas, em 2013, o contrato foi aditivado e o valor saltou para R$ 95 milhões. Até agora, já foram pagos R$ 24,4 milhões para a Construtora Central do Brasil (CCB), responsável pela fundação da obra, que acabou tendo o contrato rescindido em 2015.

No ano passado, José Vitti anunciou novos processos licitatórios para elaboração de projeto de tecnologia da informação, elétrico e acessibilidade, além das atualizações dos que já existiam; e informou que não faria alterações no tamanho e na estrutura do prédio, já que, em novembro de 2016, foram feitos estudos técnicos que atestavam a possibilidade de aproveitamento do trabalho que já havia sido feito no local.

Em seguida, ele criou o grupo de trabalho prometendo “rotineiro e rigoroso acompanhamento” do andamento das obras. Eles ficaram responsáveis pela verificação dos servidos executados e pelas mudanças necessárias nos projetos, bem como pela realização de estudo de impacto de vizinhança e viabilização das licenças ambientais devidas.

Assim, a previsão era de que o edital fosse lançado no início do ano passado, mas o prazo foi adiado para o primeiro trimestre de 2018, e, agora, para o segundo semestre. No fim de 2017, a estimativa era de que, já contados os acréscimos da nova licitação, o custo final fosse de R$ 120 milhões.

Também em 2017, a Casa aprovou uma lei que destinava as sobras dos duodécimos, que são os valores mensais que o Estado passa ao Legislativo, a um Fundo Especial de Modernização e Aprimoramento Funcional da Assembleia Legislativa (Femal). Assim, a Casa passou a ter pelo menos R$ 30 milhões para a obra, R$ 24 milhões deles provenientes do fundo.