A Infraero planeja licitar 15 áreas externas do Aeroporto de Goiânia

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A Infraero planeja licitar 15 áreas externas do Aeroporto de Goiânia para uma expansão comercial, o que deve começar este ano. Ao todo, a estatal mapeou 30 espaços em 17 terminais aeroportuários sob sua administração no País. Nesses locais, poderão ser instalados diversos empreendimentos, de postos de combustíveis a hotéis e grandes lojas. Na capital goiana, serão disponibilizados 374 mil metros quadrados.

No Santa Genoveva, as áreas variam de 1,9 mil a 90 mil metros quadrados. Segundo o superintendente do Aeroporto de Goiânia, Antônio Erivaldo Sales, o mapeamento ocorreu em 20 dias e foram aprovados pontos que circundam o terminal de passageiros, especialmente na parte frontal do prédio. O menor espaço, ele diz que pode ser destinado a estacionamento de área de apoio e o maior para eventos.

A empresa espera conseguir R$ 850 mil mensais a partir da concessão desses espaços. No País, a meta é ter receita de mais de R$ 420 milhões, o que significa um incremento de 8% ao registrado em 2017 nos contratos comerciais, que envolvem as atividades de áreas externas e serviços aéreos. Sales pontua que para cada empreendimento haverá licitação e a concessão de uso de área pode ocorrer com ou sem investimento.

O contrato comercial pode variar de 60 a 300 meses, dependendo do negócio a ser explorado e do valor. Para 2018, o superintendente afirma que a expectativa é para que ao menos três áreas sejam concedidas, para instalação de posto, hotel – que teria as obras iniciadas – e para área de eventos. “Tudo depende do mercado, vai muito do que o investidor tem interesse e da agilidade da parte do interessado em se estruturar na atividade que pretende”, avalia.

Mercado favorável

Esses primeiros empreendimentos seriam os que já possuem maior apelo. No caso do espaço para festas, por exemplo, o Santa Genoveva se tornou local visado, recebeu eventos badalados, o que começou em junho do ano passado. “Há mercado favorável”, opina Sales. Rede hoteleira é outra que ele pontua que pode ter boa receptividade ao projeto. “Já temos interessados, mas tudo é muito preliminar, começamos a divulgação.”

“O aeroporto é uma grande cidade, indústria. E uma coisa chama outra. Uma área para grandes eventos é fomento para hospedagem na localidade. Dotar de infraestrutura dá facilidade”, defende. A ideia com o projeto é aproveitar a estrutura como um todo e em um contexto estratégico para a Infraero. Porém, para quem está nos arredores, pode ser mais um impacto.

Quando ocorreu a mudança do terminal de passageiros, há dois anos, muitos comerciantes que tinham negócios nos arredores quebraram e outros abriram empreendimentos próximos ao novo prédio. Agora, o receio é de que construções isolem os estacionamentos, por exemplo, que vivem do fluxo do aeroporto. A estatal diz que o processo é aberto a todos.

Alimentação

O custo-benefício da alimentação no Aeroporto de Goiânia teve a pior nota do País na avaliação dos passageiros na última pesquisa de satisfação divulgada pela Secretaria Nacional de Aviação Civil. Um dos motivos para isso é o preço e a pouca diversidade, crítica que persiste desde a inauguração do novo terminal, há dois anos.

A área interna e sob responsabilidade da Socicam tem vazios que a Infraero estuda com a empresa formas de trabalhar. O contrato ainda durará pelo menos mais nove anos. Com novos empreendimentos na parte externa do Santa Genoveva, o superintendente do Aeroporto de Goiânia, Antônio Erivaldo Sales, afirma que haverá maior movimentação e o plano é que 54% de estrutura esteja em operação com mais seis lojas em operação, com destaque para o Giraffas, que oferecerá prato executivo a um preço pouco mais acessível. “Todo investimento obedece aquilo que está no plano diretor do aeroporto, cumpre regras de segurança”, diz. A Socicam informou que as opções estão de acordo com a demanda.