Em Goiânia, passageiros voltam a viajar, mas aeroporto oferece menos voos

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A crise que afetou toda a economia do País não poupou as companhia aéreas, que viram o número de passageiros cair 9,4% só em Goiânia no ano passado. Isso obrigou as empresas a fazerem algumas adequações que incluíram a redução do número de voos. Agora, os passageiros que começam a voltar aos aeroportos encontram menos opções de horários e os voos estão ficando um pouco mais cheios. 

A média de pessoas por aeronave já aumentou e as companhias começam a anunciar a retomada de voos para a capital. De acordo com a Infraero, entre janeiro e agosto de 2015, foram 43.182 pousos e decolagens no Aeroporto Santa Genoveva, número que caiu para 39.895 no ano passado e 39.572 neste ano. Já o número de passageiros, que havia caído de 2,231 milhões em 2015 para 2,020 milhões em 2016, voltou a crescer e já somou 2,041 milhões este ano, 21 mil a mais que no ano passado.

Depois de uma longa espera, Goiânia ganhou um novo aeroporto, mas que agora está com boa parte de sua capacidade, de 6,5 milhões de passageiros anuais, ociosa. Porém, o aumento do número de passageiros já leva as companhias aéreas a retomarem algumas rotas até o fim deste ano. É o caso da Azul, que anunciou a retomada da rota regular entre Goiânia e Recife a partir de 10 de dezembro. Com isso, serão sete voos semanais ligando as capitais goiana e pernambucana. Goiânia receberá uma média de 36 voos diários da Azul ao longo da próxima temporada de verão, graças aos bons resultados que tem apresentado. Os principais destinos serão cidades do Nordeste muito visitadas pelos goianos: Natal, Salvador, Porto Seguro e Fortaleza. O diretor de Planejamento da Azul, Daniel Tkacz, disse que o objetivo da companhia é consolidar novas operações em mercados turísticos, especialmente ao longo do verão. Os novos voos já estão sendo comercializados.

A Avianca informa que já implantou um novo voo entre Goiânia e Guarulhos (SP) neste ano, o terceiro diário com destino à São Paulo. A Gol também pretende ampliar suas opções de Goiânia para capitais do Nordeste na próxima temporada de verão, mas ainda não tem os novos voos definidos. Recuperação A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) informa que as empresas iniciam uma recuperação, depois de um período muito difícil entre o final de 2015 e fevereiro deste ano, com a restrição da demanda por voos domésticos, seja a lazer ou a trabalho. Com os custos em alta, muitas empresas passaram a devolver aviões e a reavaliar suas rotas, visando manter o equilíbrio econômico operacional.

Agora, segundo a Abear, com a volta de passageiros, pouco a pouco a oferta de voos domésticos vai sendo reposta, com a chegada de novas aeronaves. Isso inclui até a abertura de novos destinos. À medida que a economia se recupera, cresce a demanda por transporte aéreo.

Ainda de acordo com a associação, a alíquota de ICMS sobre o querosene da aviação para voos domésticos é outro ponto que pesa para as companhias escolherem os locais para novos voos. Atualmente, essa alíquota varia de 12% a 25% nos estados brasileiros. Em Goiás, ela é de 15%. Mas um projeto de lei que está no Senado prevê a unificação nacional em 12%.