Inflação de 2015 é recorde em Goiânia

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Preços ao consumidor goianiense acumularam alta de 14,18% no ano passado, puxado pelos itens dos grupos habitação e alimentação, principalmente

Ainflação de Goiânia fechou 2015 a 14,18%, valor mais alto desde 2002 e bem acima do acumulado de 2014, que havia somado 8,42% e do resultado de 2013 (5,93%). Os preços foram puxados, principalmente, pelos itens do grupo de habitação (energia elétrica, água e esgoto, gás de cozinha e etanol) e alimentação (açúcar, legumes/tubérculos, óleo de soja, frutas, feijão, arroz e carnes). Os dados foram divulgados ontem, pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

Em dezembro, o IPC de Goiânia teve variação de 1,20%, o mais alto do mês em referência desde 2007, embora tenha caído em relação a novembro (1,95%). Os grupos alimentação e habitação foram os responsáveis pela alta da inflação.

“No ano passado, a inflação chegou pra valer em todos os grupos de pesquisas, para todas as classes sociais, tirando o poder de compra, corroendo os salários e empobrecendo mais a população”, constata o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais da Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa.

Todos os grupos que compõem o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) tiveram alta, no ano passado, em Goiânia. O campeão foi habitação com elevação de 26,50% em relação a 2014, puxado pelos aumentos das tarifas de energia elétricas (56,37%), água e esgoto (39,56%) e gás de cozinha (35,35%).

O grupo alimentação que já havia subido 10,46% em 2014, deu outro salto de 14,55% no ano passado, influenciado pela alta de produtos como cebola (73,66%) açúcar (64,83%), tomate (56,55%), melancia (48,60%), batata inglesa (32,31%), ovos (31,23%), feijão carioca (30,77%), cenoura (29,23%), frango (26,14%), óleo de soja (25,59%), costela bovina (23,43%), arroz (13,78%), leite (9,41%) e outros.

Cesta básica

A alta dos alimentos também pesou no custo da cesta básica para os goianienses, que ganharam um salário mínimo, no ano passado. Os 12 itens que compõem a cesta subiram 22,73%, mais do que o dobro do índice registrado no ano anterior: 9,92%.

No grupo transportes (13,69%), os destaques foram para as altas o etanol (20,83%), ônibus urbano (17,86%), e táxi (36,96%). Puxaram os custos do grupo educação os artigos de papelaria (20,85%) e mensalidade escolar do Ensino Fundamental (18,65%). No grupo saúde e cuidados pessoais os itens que mais subiram foram creme dental (19,60%), sabonete (18,42%) e papel higiênico (17,99%).

No ano passado, também sofreram altas, os grupos de despesas pessoais (9,59%), artigos residenciais (9,43%), comunicação (4,95%), destaque para o telefone celular pós-pago (122,74%), e vestuário (2,69%).