Estádios goianos recebem notas baixas em avaliação do Ministério do Esporte
Dos cinco estádios goianos avaliados pelo Ministério do Esporte, apenas três atingiram classificação geral três, em nota que pode variar de um a cinco. Apesar de o Serra Dourada e o Hailé Pinheiro, Serrinha, em Goiânia, atingirem a avaliação de três bolinhas na classificação geral, notas foram piores em quesitos separados. Veja aqui a lista completa.
Lançado pelo governo federal na manhã desta quinta-feira (28/1), o Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios (Sisbrace) avaliou a segurança, conforto, acessibilidade e higiene de 155 estádios brasileiros. De acordo com os dados divulgados hoje, as avaliações valem por 36 meses.
“É facultada ao gestor do estádio a solicitação de uma nova avaliação de classificação quando este entender que melhorias e adequações realizadas nos estádios justificam o pedido”, explica o texto do Sisbrace.
Além do estádio Serra Dourada, administrado pela Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), e o Serrinha, que pertence ao Goiás Esporte Clube, o Ministério do Esporte também avaliou os estádios Jonas Ferreira Duarte, de Anápolis, Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK, de Itumbiara, e o José Roriz Aguiar, o Serra do Lago, em Luziânia.
De acordo com a metodologia aplicada na pesquisa do Sisbrace, as notas obtidas por um estádio não podem ser usadas para comparar a situação em que ele se encontra com outro também analisado no estudo. “Isto porque essa classificação reflete uma condição particular do estádio quanto à origem e condições de não conformidades”, descreve o material.
Hailé Pinheiro (Serrinha)
Com as melhores notas entre os estádios goianos, o Hailé Pinheiro, mais conhecido como estádio da Serrinha, no setor Bela Vista, recebeu três bolinhas na classificação geral. A mesma nota foi obtida na avaliação da segurança e na de higiene. A pior veio no conforto e acessibilidade, com duas bolinhas (avaliação varia de uma bolinha – pior – a cinco – melhor nota). Nas informações sobre o Serrinha, o Sisbrace traz a capacidade de público: 6,3 mil pessoas.
Serra Dourada
O estádio Serra Dourada, em Goiânia, teve a mesma nota geral do Hailé Pinheiro: três bolinhas. A avaliação continuou igual no item segurança. Mas caiu quando o assunto é conforto e acessibilidade: duas bolinhas. O Serra também obteve apenas a nota dois para a sua higiene. O estádio tem capacidade de público de 41.574 lugares, de acordo com o Ministério do Esporte.
José Roriz Aguiar (Serra do Lago)
O estádio José Roriz Aguiar (Serra do Lago), em Luziânia, tem capacidade para 21.564 pagantes. Com avaliação geral de duas bolinhas, o Serra do Lago recebeu avaliação três em segurança, dois em conforto e acessibilidade e apenas um na higiene.
Pouco conhecido pelo público que acompanha o Campeonato Goiano, pois a cidade de Luziânia tem um clube, a Associação Atlética Luziânia participa, que participa do Campeonato Candango de Futebol.
Jonas Ferreira Duarte (Jonas Duarte)
Da Prefeitura de Anápolis, o estádio Jonas Duarte, com capacidade para 13 mil pessoas, recebeu avaliação geral de duas bolinhas, com a mesma nota para sua segurança e conforto e acessibilidade. Na higiene, o Jonas Duarte conseguiu apenas uma bolinha, a pior avaliação possível.
Juscelino Kubitschek de Oliveira (JK)
O estádio Juscelino Kubitschek de Oliveira, conhecido como estádio JK, foi o que recebeu as piores notas dos cinco avaliados pelo Sisbrace em Goiás. Com apenas uma bolinha na classificação geral, na segurança e na higiene, o JK só conseguiu uma nota superior a um no conforto e acessibilidade, com duas bolinhas.
Está previsto o início de uma nova fase de análises do Sisbrace, que irá classificar mais 140 estádios pelo Brasil, informou o Ministério.
Critérios
Segurança, questões de vigilância sanitária, conforto e acessibilidade, estes são os aspectos analisados pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios (Sisbrace). Desenvolvido pelo Ministério do Esporte, em parceria com o Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais/COPPE/UFRJ (IVIG), o Sisbrace tem como intuito apresentar a qualidade de cada um dos estádios e estabelecer critérios para aprimorar esses atributos e gerar melhorias nas deficiências existentes.
A classificação dos estádios segue o modelo semelhante aos dos hotéis, em que ao invés de estrelas, a categoria da arena esportiva é estabelecida por bolas. Os níveis variam de 1 bola – para estádios em condições mais desfavoráveis – a 5 bolas – para os estádios com melhor categorização, explicou o Ministério do Esporte.
155 estádios em 129 cidades brasileiras foram inspecionados durante dois anos de trabalho de campo, com metodologia fundamentada no Estatuto de Defesa do Torcedor, nas disposições que tratam das condições de segurança dos estabelecimentos desportivos.
O ministro do Esporte, George Hilton, disse acreditar que o momento atual das políticas públicas em relação ao futebol é de atenção ao torcedor. “Com isso o grande beneficiado é o torcedor, que quer ir ao estádio e quer ver mais do que o seu time jogar, quer que o estádio seja um local de convivência, de harmonia. E tanto o poder público como as entidades privadas precisam respeitar isso.”
Maracanã (RJ), Arena Corinthians (SP), Mineirão (MG), Arena Amazonas (AM) e Mané Garrincha (DF) são exemplos de estádios que receberam a classificação de cinco bolas, assim como as demais arenas que sediaram jogos da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. A exceção é a Arena Pantanal (MT), que foi classificada como quatro bolas.
Contribuição do torcedor
E o torcedor também vai poder contribuir para a melhoria dos estádios, pois “será lançado aplicativo dando aos torcedores a oportunidade de observações e apontamento de melhorias nos estádios de futebol, em complemento ao produto Estádio Mais, que envolve a modernização dos laudos técnicos”, segundo o secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério do Esporte, Rogério Hamam. (Com informações do Ministério do Esporte)
Fonte: Jornal Opção