Goiânia tem 31 obras paradas ainda sem prazo de retomada
Prefeitura tem 47 locais sem finalização e deve priorizar reinício de 16 deles. Do restante, 19 já tinham sido iniciados e em 12 os projetos nem mesmo saíram do papel ainda
Por toda Goiânia, em pelo menos 47 locais deveria haver uma obra construída e já a serviço do cidadão. Mas a situação é diferente. Ou os projetos nem mesmo saíram do papel, como em 12 casos, ou tiveram o início da construção e a continuidade interrompida, como é o caso do Hospital e Maternidade Oeste, no Conjunto Vera Cruz I, na Região Oeste da capital. Por lá, moradores não veem movimentação desde o início de fevereiro. O local deve ser uma das 16 obras consideradas prioritárias pela Prefeitura, restando outros 31 projetos para serem analisados, em que 19 já foram iniciados e permanecem como esqueletos na paisagem da capital.
As prioridades da Prefeitura serão aquelas obras com vínculo direto à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), o que inclui também as marginais Cascavel e Botafogo, tanto na reurbanização do trecho já construído e que passa por obras emergenciais, quanto no seu prolongamento entre a Avenida Jamel Cecílio e a Avenida 2ª Radial. “As obras que já possuem dotação orçamentária vão ser continuadas logo, nos próximos 15 dias devem ser retomadas”, afirma o titular da Seinfra, Dolzonan Mattos, que evita falar em priorização das construções municipais com problemas.
Para ele, que assumiu a pasta há uma semana, todos os casos serão analisados individualmente, de modo a buscar soluções para a retomada de cada obra. Apenas para essas 16 obras, a Prefeitura teria de arcar como contrapartida com R$ 61 milhões, de um valor global que ultrapassa os R$ 330 milhões. Essa diferença é paga pelos convênios e parcerias com o governo federal. “No geral, temos 28% dessas obras já executadas, faltando terminar o resto”, diz. Mattos afirma que não há um prazo definido para o término da análise das demais obras, o que vai depender da complexidade de cada caso.
CMEIs
Assim, ficam de fora da prioridade os 14 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação e Esporte (SME). As obras estão paradas desde 2015, com a desistência da empresa responsável. Há locais com mais de 90% da obra concluída e outros que não chegam a 5%. Segundo a SME, já foi feita a solicitação à Seinfra para a realização da elaboração de novos projetos e orçamentos para serem licitados.
“Vale ressaltar que a empresa responsável pela execução dos serviços abandonou as obras e a SME tomou todas as providências legais e cabíveis em relação às penalidades”, informa em nota. Mattos, por outro lado, afirma que vai tentar ajudar na retomada das obras dos CMEIs buscando soluções. Em dois casos, no Jardins do Cerrado IV e Buena Vista III, as obras terão ajuda do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia (Codese), entidade do setor empresarial da qual Mattos era vinculado.
Assim, o Codese vai fazer avaliação junto com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Goiás (Ibape-GO) para verificar a situação das duas obras e o que necessita ser feito. O término vai ficar por conta da entidade empresarial, de acordo com Mattos, e os locais estão com cerca de 90% prontos. “A gente fala 90%, mas pode ser mais, porque muita coisa foi deteriorada ou furtada, então pode acabar sendo menos do que isso. Fora esses dois, em alguns casos deverá ser necessário fazer uma nova licitação, dada a situação que estão”, conta.
Fonte: Jornal O Popular