Corredor T-7 e Cascavel devem reiniciar em 15 dias

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As próximas obras paradas em Goiânia que devem ser retomadas, de acordo com o secretário da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), Dolzonan Mattos, devem ser o Corredor T-7 e a Marginal Cascavel, no prosseguimento entre a Avenida T-2 e a Rua C-50. Essa última é a obra mais antiga dentre a lista de paralisações da Prefeitura. Iniciada em 2005, segundo o relatório da Seinfra, a situação é em razão de um pedido prorrogação em análise no Ministério das Cidades, em que a empresa estaria ajustando o plano de trabalho.

Já no primeiro caso, o corredor estava até mesmo fora da lista de obras paradas, sendo colocado como em execução, já que retomou em março em um ritmo lento. A Jofege Engenharia, responsável pela construção do corredor preferencial do transporte coletivo, estaria com atrasos há 7 meses. “Estava praticamente zero, parado até, mas conversamos hoje mesmo e tudo deve ser retomado em 15 dias, assim como a Marginal Cascavel”, afirma Mattos.

O vereador Vinícius Cirqueira (Pros) lembra que a situação do Corredor T-7 é grave e emblemática, sobretudo pelo atraso no pagamento à empreiteira. “Estão com 7 meses de atraso, voltaram em um ritmo muito lento, quase parando mesmo, e vai parar de novo se continuar desse jeito. Quem é que vai dar conta de continuar uma obra com esse tanto de coisa para receber?”, indaga. Quando licitada, em 2015, a obra não teria contrapartida da Prefeitura, mas com o atraso, a administração passa a ter de pagar os aditivos contratuais, que são os reajustes dos preços, o que seria cerca de R$ 3 milhões, caso a obra seja entregue neste ano.

Para Cirqueira, dentre as obras que estão paradas, há casos em que seria até melhor devolver o dinheiro liberado para a União. “Tem umas em que a contrapartida é muito alta, mais até do que o financiamento, devido o atraso, então pode ser que nem compense continuar”, afirma. Mattos, por outro lado, afirma que ainda não se chegou à decisão de descontinuar qualquer um dos projetos. “Estamos analisando cada caso, por enquanto não tem nada disso de desistir de alguma obra”, ressalta o secretário.

Por outro lado, Cirqueira também conta que há casos em que não se entende a razão de não ter finalizado a obra, já que existe a verba garantida e a contrapartida seria irrisória. O vereador conta sobre uma Praça no Jardim Itaipu, em que a única obrigação da Prefeitura seria arcar com a terraplanagem do terreno, sem nem mesmo precisar dispor de qualquer quantia financeira diretamente. “Mas nem assim fizeram nada e o projeto está lá parado.” No caso de outros cinco corredores preferenciais, assim como o Corredor T-7, não há qualquer contrapartida, o edital de licitação está pronto e aguardando a liberação do Paço desde meados do ano passado.

“Precisamos verificar como estão ocorrendo esses processos licitatórios também, para que não ocorram novas paralisações”, comenta o vereador Alysson Lima (PRB). Segundo ele, há casos em que as empresas jogam preços mais baixos para conseguir vencer a licitação e depois não podem fazer a obra, apostando nos aditivos para aumentar o valor e continuar.