Aeroporto de Goiânia: Obra quase pronta. Já o acesso.
A um mês da inauguração do novo terminal, vias próximas receberam poucas intervenções para atender demanda
Se chegar ou sair do Aeroporto Santa Genoveva atualmente exige paciência, especialistas em trânsito alertam para um problema ainda maior após a inauguração do novo terminal já no início de abril. As vias de acesso receberam poucas intervenções para receber mais pessoas. As obras são de responsabilidade da Prefeitura de Goiânia e da Concessionária Triunfo Concebra, que administra o trecho da BR-153/060.
A capacidade do aeroporto da capital, segundo a Infraero, é para receber 3,5 milhões por ano. No entanto, esse número deve quase triplicar já que apenas o novo terminal receberá 6,3 milhões de pessoas a mais, podendo alcançar no total 9,8 milhões de passageiros anualmente.
Quanto ao andamento da plataforma, a Infraero informou, por meio de nota, que a construção está em fase final. “O novo terminal de passageiros está com 96% das obras prontas, aguardando a conclusão dos serviços de infraestrutura. As obras de infraestrutura estão em andamento com 88,29% dos trabalhos já concluídos. Conforme previsto em contrato, o local deverá ser entregue até abril deste ano, quando deverá entrar em operação”, reitera o órgão.
Atualmente existe apenas uma entrada para o aeroporto pela Avenida Santos Dumont. Há quem se aventure ir por dentro do município. Outros preferem trafegar pela BR-153/060 até chegar aos viadutos do Jardim Guanabara, para cair na Avenida Vera Cruz, ou pelo Setor Jaó, para desaguar na Rua da Divisa.
O novo projeto prevê outras duas entradas. Pela BR-153/060, de responsabilidade da Triunfo Concebra - inclusive com a construção de um novo viaduto - ou pelo Jardim Guanabara a cargo da Prefeitura do município. A um mês da inauguração da nova plataforma, a Infraero informou que não irá se pronunciar sobre os acessos e novos portões, já que “podem sofrer alterações” e, portanto, não existem ainda locais definidos para as entradas.
Atrás de justificativa
Quanto ao acesso do Jardim Guanabara, a reportagem buscou respostas junto à Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), responsável pelos questão, e não obteve retorno. O secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Washington dos Santos Ramalho, também foi procurado, mas ele não atendeu e nem retornou as ligações.
Mesmo assim, a reportagem apurou que desde segunda-feira máquinas começam a operar na Rua Porto Alegre para aumentar o fluxo da via junto da Rua Marabás, onde seria a possível entrada para o novo terminal.
Existe ainda um projeto em processo de finalização da Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) para modificações e ampliação do fluxo dos cruzamentos das Avenidas São Francisco e Nazaré com a Avenida Vera Cruz.
A Prefeitura de Goiânia informou por meio de nota apenas que “está realizando serviços de iluminação pública, urbanização e sinalização nas vias de acesso ao aeroporto pelo Jardim Guanabara. As sete famílias que vivem nos locais onde são necessárias as intervenções já estão sendo transferidas para o Residencial Jardins do Cerrado”, diz. “A previsão é que todos os trabalhos estejam finalizados até a entrega do novo terminal de passageiros, em 04 de abril”, acrescenta, ainda sem mencionar as obras de trânsito nos acessos.
Novo viaduto só no segundo semestre
Dentre as obras de infraestrutura previstas no contrato de concessão da BR-153/060, está a construção de um viaduto na altura do Aeroporto de Goiânia. O diretor-presidente da concessionária Triunfo/Concebra, Odenir Sanches, afirma que a construção, que ainda não começou, deve ser finalizada só no segundo semestre. Segundo ele, três problemas têm emperrado o início dos trabalhos.
O primeiro deles é o projeto executivo do viaduto entre o Jardim Guanabara e o Setor Jaó que ainda não foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Além disso, o recurso proveniente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo Odenir Sanches, também não foi liberado. Existe ainda uma pendência em relação a uma área de 32 mil metros quadrados da Embrapa, empresa do governo federal, justamente para construir o viaduto. “Esses são nossos três obstáculos”, confirma Sanches. “O projeto básico já foi aprovado, falta o executivo. O repasse também já foi confirmado, falta apenas assinar o contrato. Agora a questão da Embrapa é mais difícil e não depende só de nós, mas sim do governo federal”, ressalta.
Enquanto isso, o diretor relata que alças marginais serão construídas para dar mais fluidez ao trânsito no local. “Serão marginais ao lado da BR-153, prioritárias àqueles que irão direto para o aeroporto entre o viaduto do Residencial Aldeia do Vale e o da Agetop. Essa obra iremos finalizar até o início das operações do novo terminal”, alega.
Fonte: Jornal O Popular