Obra na Praça do Trabalhador (Feira Hippie) em Goiânia atrasa e feiras só vão mudar em 2020
Revitalização do espaço era prometida para o final deste mês, mas deve ser concluída apenas em março. Feirantes preferem ficar onde estão do que mudar agora As feiras Hippie e da Madrugada vão continuar nos locais provisórios, nos arredores da Praça do Trabalhador e em parte da Rua 44, pelo menos até março de 2020. Quando a obra de revitalização da Praça foi iniciada, em junho deste ano, a promessa do Paço Municipal era de que o serviço fosse parcialmente finalizado até o final deste mês, quando os feirantes seriam levados novamente para a parte interna já reformada e organizados no novo espaço, de modo a aproveitar a reta final das vendas de Natal, acomodando trabalhadores e clientes. No projeto, constam áreas de convívio, descanso, banheiros públicos e estacionamento para os ônibus de turismo de negócios.
Neste período, no entanto, as obras não ficaram no ponto de receber os feirantes. Existiu uma discussão quanto ao piso a ser instalado no local, se seria asfalto conforme o projeto original ou se serão instalados os chamados pavers, comumente conhecidos como “tijolinhos”, tal qual foi feito na Rua do Lazer e na Praça Cívica, no Centro. A opção final foi pelos pavers, mas ainda não há nenhum instalado no local. Além de todo o terreno estar na terra, as muretas e os prédios que serão da administração, banheiros e outros, também não foram finalizados.
Além disso, desde então não houve a preparação para a mudança dos feirantes. O Paço nem mesmo finalizou as chamadas dos trabalhadores para a atualização do cadastro dos mesmos e a comparação com o levantamento feito pela Associação dos feirantes da Feira Hippie. Ou seja, se o espaço estivesse pronto não saberiam realocar os trabalhadores na Praça do Trabalhador, o que poderia ocasionar confusão semelhante à que ocorreu durante a mudança das barracas para este espaço provisório.
Secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan Mattos, explica que os próprios feirantes preferem que a mudança não ocorra por agora, já que eles e seus clientes se adaptaram aos locais provisórios e a alteração de lugar pode prejudicar as vendas de final de ano. “Como não querem, vamos aproveitar para entregar só quando estiver tudo pronto mesmo. Tivemos de fazer adequações no traçado pela conexão da Avenida Leste-Oeste com o BRT Norte-Sul, vamos fazer novas interferências ali.”
A reportagem apurou que também houve mudança no ritmo da obra em razão de a empreiteira não poder fazer o trabalho mais pesado entre quinta-feira e domingo, para não produzir poeira durante as feiras, o que atrasou os processos. A presidente da Associação da Feira da Madrugada, Patrícia Mendes, diz que não foi avisada sobre a demora na entrega da obra, mas que os feirantes estão satisfeitos com o local em que estão acomodados. “Estamos satisfeitíssimos, está organizado, não tem problema. Que a Prefeitura termine a obra completamente,” diz ela, cuja feira ocupa a via entre a Praça e a Rodoviária.
Diálogo
Já o presidente da Associação dos feirantes da Feira Hippie, Waldivino da Silva, confirma que a Prefeitura ainda não sentou com os feirantes e nem mesmo discutiu sobre o levantamento da quantidade de trabalhadores no local. “Mudar agora é inviável mesmo, não tem como voltar do jeito que está. O problema é que estão fazendo as chamadas ainda dos feirantes e nem definiram nada sobre como vai ser.” Sobre o local atual, Silva diz que ainda há problemas para quem atua e frequenta as barracas próximas à Avenida Independência, pois sofrem com a poeira da obra.
Fonte: Jornal O Popular