BRT Norte-Sul vai abrir nova frente de serviços até março em Goiânia
Trincheira no cruzamento da Rua 90 com Avenida 136 deve ser novo ponto a receber os trabalhos do corredor preferencial de ônibus. Pista da Quarta Radial, no Setor Pedro Ludovico, fica para depois
Motoristas, comerciantes e moradores da região do cruzamento da Avenida 136 e Rua 90, no Setor Sul, vão verificar a partir de março o início da construção da trincheira no local. A obra vai ser a próxima frente de serviços do corredor preferencial do transporte coletivo BRT Norte-Sul, onde já há trabalhos preliminares por parte do consórcio responsável pelo serviço. Atualmente está em definição o local de instalação do canteiro de obras, o perímetro deste, bem como a contratação de novos funcionários.
A construção da trincheira não vai interromper as obras do corredor em andamento na Região Norte, entre a Praça do Trabalhador e o Terminal Recanto do Bosque. A previsão é que os trabalhos na pista deste trecho já iniciado se encerrem em março. A estimativa inicial era de que isto tivesse ocorrido até dezembro passado. A demora foi provocada pela falta de recursos municipais para a desapropriação de 11 imóveis na Avenida Oriente, no Setor Recanto do Bosque.
A verba chegou com empréstimo da União, num total de R$ 115 milhões, sendo R$ 80 milhões para o BRT. Esse recurso também viabiliza a criação desta nova frente de serviço, já que vai aumentar a verba paga pela Prefeitura ao consórcio responsável pela obra. “Vamos triplicar a nossa contrapartida, hoje em R$ 1,25 milhão e vai passar para cerca de R$ 3,2 milhões”, diz o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Dolzonan da Cunha Mattos, sobre o valor para o consórcio e para a supervisão da obra.
No entanto, o Trecho I, entre o Terminal Isidória e o Terminal Cruzeiro, em que houve o início da construção do corredor em 2017, com a limpeza do canteiro central da Avenida 4ª Radial, ainda não vai ter o serviço retomado. O impedimento se dá em razão do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público Federal (MPF) que permitiu a retomada das obras no ano passado. No caso, o acordo pela redução do valor do contrato para que legalizasse a situação foi feito com a retirada do chamado Trecho I, na parte mais ao sul do que foi projetado, por este ser viabilizado com verbas do Orçamento Geral da União (OGU) e não diretamente pela Caixa.
Assim, o Paço Municipal deve realizar um novo processo licitatório para que, só assim, as obras possam ser retomadas na região da Avenida 4ª Radial. O planejamento, por isso, é viabilizar o andamento do que já está licitado, no chamado Trecho II, em que o TAC do MPF obriga o encerramento até outubro de 2020.
Serviço no Setor Sul deve durar 6 meses
As obras da trincheira no cruzamento da Rua 90 com a Avenida 136 estão previstas para durar pelo menos seis meses. O serviço é semelhante ao que está sendo feito em Aparecida de Goiânia, no cruzamento da Avenida Rudá com a Avenida São Paulo, e na Avenida 85 com a Praça do Ratinho. Deste modo, o tráfego deve ficar livre para quem se locomover pela Rua 90, por onde passarão os ônibus do corredor preferencial. Atualmente, todo o local é semaforizado e, no futuro, os semáforos só existirão para quem sair da Rua 90 e quiser entrar na Avenida 136, chamada de Jamel Cecílio a partir daquele ponto.
A ideia da obra de arte de construção é justamente dar fluidez para o tráfego do transporte coletivo. A Secretaria Municipal de Infraestrutura e de Serviços Públicos (Seinfra) já pediu que a Secretaria Municipal de Trânsito, Transporte e Mobilidade (SMT) realize projeto para o desvio do tráfego durante o período da obra. O estudo ainda não foi realizado, no entanto. O mais provável é que, no primeiro momento, o tráfego seja desviado para a rotatória.
Marginal Botafogo
Outro trecho da Avenida Jamel Cecílio que deverá receber obras ainda neste ano é o cruzamento com a Marginal Botafogo. Segundo o secretário da Seinfra, Dolzonan Mattos, o projeto para a construção de um elevado já está finalizado e o processo licitatório deve ser publicado ainda neste semestre.
A previsão é de que a obra custe em torno de R$ 55 milhões e vai permitir que o motorista siga sem parar no semáforo desde a Marginal até a Alameda Leopoldo de Bulhões. Com isso, o tráfego da Jamel Cecílio terá um menor tempo parado no semáforo, permitindo maior fluidez.
A estimativa é que toda a obra dure cerca de um ano. O projeto é semelhante ao elevado que já existe na Marginal Botafogo com a Rua 88, feito em 2013, e, segundo Mattos, terá um aspecto característico de uma viola, como uma homenagem à música sertaneja em Goiás.
Fonte: Jornal O Popular