Villa Mix Festival: Organizadores reclamam da falta de incentivos

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O segmento de grandes eventos traz para o local sede a possibilidade de fazer com que o turista permaneça por mais tempo e consuma bens e serviços da região, como descreve a coordenadora do Observatório do Turismo de Goiás, Giovanna Tavares. Porém, há desafios que fazem o setor temer o fim da realização de festivais em Goiás. Entre eles estão impostos, dificuldades para encontrar local ideal e burocracia para ter as licenças.

Organizadores reclamam da falta de incentivos. “Não podemos perder eventos que são preciosidades para o turismo em Goiás”, reforça a presidente executiva do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Fecomércio-GO, Vanessa Pires Morales. Ela explica que há dois anos os grandes shows e festas ampliaram expressivamente o alcance, localização estratégica, logística e profissionalização têm auxiliado o setor.

Por outro lado, reforça que o trabalho tem sido intenso com Prefeitura e vereadores para auxiliar os eventos. “Nosso maior desafio são os altos impostos aplicados. Para se ter uma ideia, Goiânia tem uma das maiores alíquotas de ISS, chegando a 5% para os eventos”, pontua o presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos de Goiás (Abeoc Goiás), Kennya Soares Cecin. Enquanto isso, algumas cidades brasileiras propõe a isenção. O que seduz.

A Secretaria Municipal de Finanças discute a modernização do Código Tributário Municipal e diz estar aberta a todas as sugestões. Na Câmara, há projetos em tramitação sobre o assunto. Já com relação às licenças, o presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), Gilberto Martins Marques Neto, pontua que há reuniões para tratar sobre o assunto e embora haja benefícios para a economia também há incômodo para moradores. “A Prefeitura é cobrada pelos dois lados. Flexibilizamos o que é possível”, justifica.

Mão de obra se qualifica

Os grandes eventos contribuem para a geração de emprego em Goiás e conforme o setor cresce a exigência por maior especialização aumenta. O mercado na capital goiana vive mudanças e não é mais visto apenas como oportunidades de “bico”, profissionais tem se destacado em mercado que oferece ganhos altos. No Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), há 45 cursos na área. Os mais procurados são organização, planejamento e recepcionista de eventos. “O que muitas pessoas ainda não perceberam é que pode ser um ótimo nicho”, diz a supervisora pedagógica do Senac Cora Coralina,

Lucyana Moraes, ao pontuar que são diversas tanto as oportunidades quanto as ofertas de profissionalização, que acompanham o aquecimento do segmento. No mercado, a média, como afirma, chega a ser de salários de R$ 4 mil a R$ 6 mil. “Há desde fotografia para eventos até elaboração de projeto para realizar evento e o pós-evento.”

Ela explica que muitos buscam se profissionalizar e não sabem como começar e para isso existem cursos mais amplos que auxiliam. Em cursos de curta ou longa duração, 973 pessoas realizam matrícula na instituição nos últimos três anos com foco nos eventos. “Com apoio dos cursos de especialização, hoje temos à disposição profissionais capacitados e um banco com o cadastro de profissionais que nesse período de alta podemos chamar. De recepcionistas a camareiras, cozinheiros”, diz a presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Goiás (ABIH), Vanessa Pires Morales.

“O mercado de eventos não tem fronteiras mais. A empresa goiana faz eventos no Brasil todo”, completa Kennya Soares Cecin, presidente da Abeoc Goiás.

Após seis meses, obras de maternidade serão retomadas

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Prefeitura e construtora entram em acordo após impasse referente a repasses em atraso que geraram a paralisação da construção

Com as obras paralisadas desde dezembro de 2017, o Hospital e Maternidade Oeste, que está sendo construído no Setor Vera Cruz I, está a um passo de ter sua construção retomada. Os trabalhos devem voltar no próximo dia 17 de julho, após a confirmação do recebimento, por parte da Prefeitura de Goiânia, dos valores pendentes -   que está programado para o dia 16 próximo. 

As informações são da Elmo Engenharia, empresa licitada para realizar a edificação da unidade hospitalar. A gestão municipal e a construtora assinaram um Termo de Reinício de Obra pública no último dia 29 de junho.

O documento destaca que o contrato de prestação de serviços teve sua paralisação realizada graças a uma notificação extrajudicial que a Elmo Engenharia enviou à Prefeitura, cobrando o valor de R$ 5,5 milhões de repasses municipais em atraso. O serviço tem o valor total de mais de R$ 49milhões.

Segundo o engenheiro da obra, Emerson Andrade, 31% da edificação do Hospital e Maternidade já está concluída. A construção do hospital foi iniciada em fevereiro de 2015, e a previsão de entrega, agora, é para julho de 2019. “Vamos trabalhar bem firme para que a estrutura física seja entregue o mais rápido possível para a população”, destacou o engenheiro ao explicar que a equipe de construção será composta por 60 profissionais. No decorrer do trabalho, o canteiro de obras terá até 100 pessoas envolvidas.

No último dia 18 de junho, a Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Câmara Municipal, que apura os motivos sobre a paralisação de várias obras pública em Goiânia, convocou uma audiência para entender o que estava ocorrendo com a obra do Hospital e Maternidade Oeste, encontrava-se parada há seis meses. O advogado da Elmo Engenharia, Frederico Coutinho, representou a construtora na audiência e informou que as obras estavam suspensas por inadimplência da gestão municipal.

De acordo com Coutinho, a construtora tinha pagamentos com até 180 dias em atraso. “A empresa fez o serviço, mediu, pelo contrato de prestação de serviço, a prefeitura tinha até 30 dias para fazer o pagamento”, esclareceu o representante da construtora. 

O advogado informou ainda, que pelo contrato, com a inadimplência superior a 90 dias a empresa tem o direito de rescindir o acordo de prestação de serviço. No caso do Hospital e Maternidade Oeste a prefeitura municipal de Goiânia optou pela paralisação do contrato. 

Ainda na audiência do último dia 18 de junho, a construtora solicitou, por meio de seu advogado, que após a prefeitura regularizar o pagamento, que fosse estendido o prazo de conclusão das obras por mais 12 meses. 

A obra

A unidade hospitalar terá mais de 15 mil metros quadrados de área construída e terá capacidade para realizar 800 partos por mês. Serão 179 leitos, sendo 62 de obstetrícia, 23 de ginecologia, 31 leitos pediátricos, dez de Unidade Terapia Intensiva (UTI) neonatal. Além disso, serão nove leitos de cuidados intermediários tipounidade de cuidado intermediário neonatal convencional (UCINCo), cinco de cuidados Intermediários neonatal canguru (UCIN/Canguru), cinco berçários, duas salas de observação pediátrica, duas salas de intercorrência pediátrica, oito leitos de observação, duas salas de emergência, cinco salas de recuperação pós-anestésica e 15 salas de parto normal.

De acordo com dados divulgados pela prefeitura municipal de Goiânia, na ocasião do lançamento da obra, a estrutura vai contemplar programa de assistência à mulher com ações voltadas para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), prevenção de câncer e todos os passos da maternidade, desde o pré-natal até a assistência à mulher e ao recém-nascido. (* Especial para O Hoje)  

Prefeitura de Goiânia quer que pessoas ou empresas dividam responsabilidade para cuidar de praças

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A intenção é que qualquer pessoa física ou jurídica possa assinar um termo de cooperação com a administração municipal e em troca tenha seu nome ou marca em placas nos espaços

As praças, áreas verdes e até mesmo monumentos de Goiânia poderão ter novos responsáveis ainda neste ano, para que façam a manutenção e cuidados do espaço público em parceria com a Prefeitura. O Paço Municipal já elaborou a minuta de um projeto de lei que institui o programa “Adote uma Praça” que deve ser encaminhado para a Câmara Municipal até o início de agosto. A intenção é que qualquer pessoa física ou jurídica possa assinar um termo de cooperação com a administração municipal e em troca tenha seu nome ou marca em placas distribuídas a cada 1.500 metros quadrados da área escolhida e em 20% do mobiliário urbano instalado no espaço.

Ainda não está definido se os parques e as unidades de conservação ambientais participarão do programa municipal. A dúvida é em razão da lei federal que rege estes locais, em que não é claro se é possível o compartilhamento de responsabilidades pela manutenção com as entidades civis. Outro caso é em relação aos bens tombados, nos quais serão necessárias autorizações dos órgãos responsáveis pelo tombamento para que a parceria pela manutenção ocorra. Até por isso, locais como a Praça Cívica, por exemplo, não devem participar do programa.

A Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh) deverá divulgar, após a aprovação do projeto de lei, uma relação com todos os locais que estarão disponíveis para a adoção, de acordo com a minuta. Este documento, no entanto, ainda pode sofrer alterações antes de ser enviado à Câmara Municipal, cuja última sessão antes do recesso parlamentar de meio de ano está marcada para o próximo dia 12. “Se não conseguirmos enviar o projeto até a próxima semana, fica para agosto, quando a Câmara retornar. Mas vamos encaminhar sim, está tudo certo”, conta Henrique Alves, secretário da Seplanh.

Na capital, há pelo menos dois exemplos de espaços públicos cujos cuidados estão de forma precária com a população, que são as praças da Rua T-25 e da Rua T-23, em que as associações de moradores do entorno realizam a manutenção dos locais. O secretário explica, no entanto, que não se tem um acordo firmado e regras claras sobre as responsabilidade. “Hoje a competência de cuidar é da Prefeitura, mas eu, como advogado, desconheço que exista qualquer proibição aos moradores de cuidar dos espaços públicos, de limpar, por exemplo. O que não pode é modificar o espaço.”

A explicação de Alves é que não é permitida, por exemplo, a instalação de um mobiliário urbano ou equipamento de lazer sem autorização prévia do órgão municipal. Com o programa elaborado pelo Paço, a mesma situação vai se manter. “Qualquer um poderá cuidar de um espaço público e em troca vai ter uma informação em placas padronizadas em que poderá divulgar a sua marca. Muitas empresas grandes utilizam isso até mesmo como compensação ambiental ou de cunho social.”

Assim, uma mesma pessoa, jurídica ou física, poderá adotar mais de um espaço, de mesmo modo que um mesmo bem público poderá ser adotado por mais de uma pessoa. Como exemplo, uma empresa poderia se tornar responsável pela parte sul da Praça Tamandaré e outra pela parte norte, tendo como base a Avenida Assis Chateaubriand, que corta o local. No entanto, se houver interesse em revitalizar o espaço urbano, o projeto deve ser elaborado e passar pela aprovação da própria Seplanh, em um processo que promete ser desburocratizado pelo secretário.

Alves acredita que o poder público só tem a ganhar com o programa, já que passará a economizar com a manutenção dos espaços ao mesmo tempo que terá parceiros para cuidar do bem público. “Penso que as praças mais procuradas para serem adotadas pelas empresas serão nos bairros mais centrais. O que é bom também, porque aí a Prefeitura poderá se concentrar na manutenção das praças mais periféricas”, diz.

Depois da greve dos caminhoneiros, governo anuncia parcerias para construir ferrovias

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Vale e MRS farão trechos ferroviários e terão concessões renovadas

Depois do prejuízo gerado, segundo o Governo, devido a greve dos caminhoneiros, o poder público recorrerá à iniciativa privada para construir ferrovias consideradas estratégicas. Em troca, as empresas terão outros contratos, como concessão de linhas férreas, renovados por 30 anos. A iniciativa foi anunciada nesta segunda-feira (2/7) pelo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Ronaldo Fonseca; pelo ministro dos Transportes, Valter Casimiro, e pelo secretário especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Adalberto Vasconcelos.

Dois projetos terão prioridade. O primeiro será a Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico), de 383 quilômetros, entre Água Boa (MT) e o entroncamento com a Ferrovia Norte–Sul em Campinorte (GO). O segundo será o Ferroanel de São Paulo, de 53 quilômetros, entre as estações de Perus, na capital paulista, e de Manoel Feio, em Itaquaquecetuba, na região de Mogi das Cruzes (SP), com traçado paralelo ao trecho norte do Rodoanel paulista.

Orçada em R$ 4 bilhões, a Fico será construída pela mineradora Vale, que em troca terá as concessões das linhas férreas Carajás (no Pará e no Maranhão) e Vitória–Minas renovadas até 2057. Mesmo descontando o que a mineradora gastou para duplicar a estrada de ferro Carajás, a empresa teria de desembolsar R$ 4 bilhões, mas vai construir a Fico em contrapartida.

“A prorrogação [dos contratos de Carajás e Vitória–Minas] vai dar um valor positivo, que será revertido em contrapartida de a Vale fazer a Fico. Isso traz uma nova dimensão para o país, com marcos claros, condicionados ao êxito de prorrogação”, explicou Vasconcelos. Depois de construir a Fico, a ferrovia será devolvida ao patrimônio da União, que licitará a linha ao setor privado pelo valor de outorga. Inicialmente, a Fico teria 1,6 mil quilômetros e ligaria Goiás a Rondônia, mas apenas o trecho até Água Boa será construído.

Em relação ao Ferroanel, o procedimento será semelhante. A empresa MRS Logística terá a concessão de diversas ferrovias renovadas em troca de construir o ramal de 53 quilômetros. Com a obra, os trens de carga que seguem para o Porto de Santos (SP) deixarão de compartilhar os trilhos das linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que transportam passageiros na Região Metropolitana de São Paulo. Assim que a linha for concluída, a União concederá a ferrovia à iniciativa privada.

Concessão de rodovias

Os três ministros participaram da reunião do Conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que aprovou o Plano Nacional de Logística (PNL). Segundo Adalberto, esse plano pretende dobrar a capacidade de transporte da malha ferroviária brasileira nos próximos sete anos. “Atualmente, 15% das cargas no país são transportadas por trem. Queremos aumentar para 31% até 2025”, declarou. O PPI busca a realização de investimentos de infraestrutura em parceria com o setor privado.

Na reunião de hoje, o Conselho do PPI aprovou a inclusão no programa de 14 empreendimentos que gerarão um investimento de R$ 100 bilhões nos próximos anos. Os ministros também anunciaram o lançamento, esta semana, dos editais de concessão, por 30 anos, da Rodovia Integração Sul, formada pelas BRs 101, 290, 386 e 448, no Rio Grande do Sul, e o início dos estudos para a concessão das BRs 153, 282 e 470, em Santa Catarina.

Além da Fico, do Ferroanel de São Paulo e das rodovias em Santa Catarina, os ministros anunciaram a inclusão, no programa de concessões, da quinta rodada de licitação do pré-sal e de dez lotes de linhas de transmissão de energia.

Fonte: Jornal Opção

Pedágio: Proposta prevê tarifa maior que de BRs

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Edital define 15 praças de pedágio em sete trechos de rodovias estaduais; duplicações só começarão a ser feitas pela empresa ou consórcio vencedor após três anos, seguindo cronograma que vai até 2026

A viagem de Goiânia para Caldas Novas ficará mais cara a partir do ano que vem. Até R$ 23,62 poderá ser o gasto com pedágio para um carro de passeio (dois eixos) para ir e voltar do destino. Mas não será só nesse caminho que os goianos terão a cobrança da tarifa. Ao todo, serão 15 novas praças distribuídas em sete GOs, segundo o edital de concessão divulgado pelo governo estadual e que se refere a um contrato de 35 anos com valor previsto em R$ 2,9 bilhões.

Essa avaliação bilionária se refere à projeção das receitas da cobrança de pedágio estimada pela Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop). Arrematará os 896 quilômetros que serão concedidos, no leilão previsto para agosto, a empresa ou consórcio que oferecer a menor tarifa – abaixo de R$ 7,87 onde a pista já é dupla e de R$ 3,94 onde a via é simples – e o maior valor de outorga, que é o preço pago para a exploração.

De acordo com o presidente da Agetop, Jayme Rincón, a expectativa é de uma outorga acima de R$ 50 milhões, mas seria “difícil prever se os interessados vão priorizar a outorga ou o valor do pedágio”. De toda forma, o pagamento para exploração, conforme o edital, será de 10% na assinatura do contrato e o restante em 20 anos (240 parcelas).

Enquanto isso, para os usuários das rodovias, caso o preço base do pedágio não sofra redução na competição, as estradas estaduais terão os maiores valores já cobrados em vias concedidas em Goiás. Isso porque nas federais que passam pelo Estado e já estão nas mãos de empresas privadas, atualmente, as tarifas mais altas são de R$ 7,30 e de R$ 6,80, ambas cobradas pela MGO Rodovias na BR-050 – a primeira na praça de Campo Alegre (que estreou essa cobrança em Goiás) e a segunda em Ipameri – para um carro de passeio.

Assim, a diferença de preço com o pedágio das BRs é de, no mínimo, 7,8% em comparação com os R$ 7,87 que são propostos para as GOs. “Nossa expectativa é de um desconto acima de 15% no valor do pedágio. Portanto, algo em torno de R$ 6,77, no mesmo patamar das rodovias federais em Goiás”, estima Rincón sobre o que poderá vir com a licitação. Porém, inicialmente, o governo previa um valor aproximado de R$ 5, conforme projeto elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e que baseou o edital da concessão.

O presidente da Agetop, em defesa do projeto e da tarifa, ressalta que “o que basicamente define o valor do pedágio é a quantidade de veículos que passam pela rodovia”. “Nas BRs 153 e 060, trafegam mais que o dobro de tráfego das estaduais que estão sendo concedidas. Mesmo assim, estamos prevendo um valor de pedágio na mesma faixa das federais”, diz. Porém, nos casos citados, as rodovias federais concedidas para a Triunfo Concebra possuem tarifas de R$ 5,20 (Professor Jamil) e R$ 6,30 (Itumbiara) na BR-153 e de R$3,60 (Goianápolis) e R$ 4,90 (Alexânia) na BR-60.

Duplicação

Já com relação aos R$ 5 reais que eram cogitados anteriormente, Jayme Rincón informou à reportagem que “os projetos não estavam definidos e a contrapartida exigida de duplicação era de apenas 150 quilômetros e em 20 anos”. Assim, com alteração feita na Assembleia Legislativa, que aprovou a lei que autoriza o governo do Estado a conceder rodovias, “houve uma mudança significativa na estrutura do projeto e, mesmo assim, o impacto no valor do pedágio acabou não sendo na mesma proporção”, como pontua.

Ao todo, a previsão no edital é de que 424,1 quilômetros sejam duplicados até 2026. De outro lado, o governo acrescentou a GO-139, que não estava na lei, e que poderia servir como opção para motoristas “escaparem” do pedágio no caminho até Caldas Novas, como noticiou a coluna Giro de 2 de julho. “Esperamos ao final obter um valor de pedágio dentro de nossa realidade sócio-econômica e rigorosamente de acordo com os padrões nacionais. Convém enfatizar que vamos garantir a qualidade e a segurança de nossas rodovias estatais por décadas para os usuários, além de maiores investimentos privados em duplicação”, afirma o presidente da Agetop.

Cobrança

Para começar a cobrar a tarifa dos motoristas, a empresa ou consórcio que vencer a licitação não terá de cumprir nenhum porcentual mínimo de duplicação. Os primeiros quilômetros duplicados (GO-060 e GO-020/330) terão de ser entregues somente em 2021. Já o pedágio poderá começar a ser cobrado seis meses após a assinatura com a instalação das praças e implantação de serviços obrigatórios para garantir segurança, manutenção e recuperação das vias.

“Assim que o contrato for assinado, começa o processo de transferência para o vencedor, iniciando com a implantação imediata dos serviços inerentes à manutenção e apoio aos usuários como bombeiros, guincho, ambulância, etc. Além do início das obras de duplicação”, detalha Rincón. O aviso de edital foi publicado no Diário Oficial do Estado do dia 18 de junho. “O processo licitatório seguirá o trâmite normal com expectativa de conclusão em 120 dias.” Poderão participar empresas nacionais e internacionais.

O modelo de concorrência pública internacional é tido por especialistas como um ponto positivo para que seja possível uma experiência diferente do que a vivenciada com as últimas concessões federais, em que as empresas que assumiram BRs que passam por Goiás alegam dificuldades para seguir o contrato. Uma concessão teve a caducidade decretada (Galvão) e o cronograma de obras não foi atendido no Estado. Paralelamente, o usuário que trafega por elas tem de pagar pedágio desde 2015.

Há anos o governo estadual tenta realizar as concessões de rodovias, o que tiraria o peso dos custos da manutenção e, ao menos teoricamente, resultaria em boas condições. Só que entre os pontos criticados também está o fato de que o modelo operacional estabelecido segue o padrão já utilizado nas concessões existentes no País. “Há muita chance de dar errado como nas federais concedidas em 2014 e que todo mundo está devolvendo. Tem de mudar a legislação (federal), porque o modelo é baseado em previsões”, pontua o economista e doutor em Transportes, Adriano Paranaíba.

Com projeções de tráfego e de retorno para a concessionária, ele pontua que há mais preocupação com resultado financeiro do que com o serviço que será entregue e que o governo tem corresponsabilidade. “O jeito de ganhar o leilão é dar a menor tarifa, ganha quem chuta um modelo, uma quantidade mais otimista de veículos e esse é o problema.”

“O mais importante no julgamento é equilíbrio entre menor tarifa e maior outorga. No caso das federais, deu errado porque as empresas não tinham recursos próprios e tiveram envolvimento na Lava Jato. O modelo do ponto de vista jurídico é adequado”, contrapõe o advogado especialista em direito administrativo, Juscimar Ribeiro.

Goiânia tem a 6° maior frota de carros do País e a 4° maior de motos

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Dados divulgados nesta segunda (2) são do Departamento Nacional de Trânsito 

Estatísticas do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) divulgados nesta segunda-feira (2/7) colocam a capital goiana entre as 10 cidades com as maiores frotas de carros, motos, ônibus e caminhões do País.

Conforme aponta o levantamento, quando se trata de carros, Goiânia está na sexta posição nacional com cerca de 605 mil automóveis. Em todo o Estado, o número chega a 1,8 milhão, o que corresponde a 3,337% de toda a frota nacional.

Já quanto ao número de motocicletas, Goiânia avança e assume o quatro lugar com 291 mil veículos. Contando todo o território goiano, são 1.160.690 milhão de automóveis. Além disso, a pesquisa mostra que, dos 246 municípios, 48 têm mais motos do que carros (ou 20%).

Em relação à quantidade de ônibus e caminhões, a capital aparece em oitavo lugar, com 6.713 veículos, no primeiro caso, e no sexto lugar, com cerca de 163 mil, no segundo. O estudo completo você pode conferir aqui.

Dados nacionais

As estatísticas do Denatran apontam um total de 53,4 milhões de carros no país em abril de 2018, configurando aumento de 3,30% em relação a abril de 2017. Comparando com a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2017, no Brasil há um carro para cada 3,89 habitantes

Considerando que as motos englobam os ciclomotores, motocicletas e motonetas, os dados do Denatran de abril deste ano também mostran que, no país, há 26.427.751 motos, consistindo em um aumento de 3,44% se comparado com o mesmo mês de 2017. Comparando com a população estimada pelo IBGE para 2017, no Brasil há uma moto para 7,86 habitantes.


Em Goiás, 67 cidades correm risco de ficar sem água

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Diminuição da vazão nos mananciais em razão da estiagem nesta época do ano e aumento do consumo eleva chance de desabastecimento, como ocorreu no ano passado

Em mais um ano de poucas chuvas e alto consumo de água em Goiás, 67 cidades do Estado podem sofrer com o desabastecimento de água. A lista consta de relatório feito em meados de junho a pedido do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), que cobrou transparência da companhia de modo a permitir que a população possa saber com antecedência quando ficará sem água, justamente para não haver a surpresa, como aconteceu no período de estiagem do ano passado. O pedido partiu do coordenador do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente, promotor Delson Leone Júnior, no dia 8 de junho.

De acordo com a estatal, o relatório “apresenta, ao Ministério Público, as ações planejadas pela Saneago no sentido de reforçar o abastecimento público para atenuar os efeitos do período de estiagem”. A Saneago reforça ainda que “no momento, não existe risco de desabastecimento de água tratada em Goiás”. Informa também que a “companhia monitora atentamente a situação dos mananciais e reservatórios na capital e no interior; e além disso, tem promovido ações visando a regularidade do abastecimento de água”. Em 2017, pelo menos 19 cidades registraram falta de água, incluindo Goiânia, com 84 bairros.

O promotor pediu a relação “dos municípios goianos atendidos pela Saneago com maior probabilidade técnica de sofrerem os efeitos da indisponibilidade hídrica para o abastecimento humano, em especial no período de estiagem do ano em curso”. O ofício foi respondido no dia 20 de junho, com assinatura do presidente da empresa, Jalles Fontoura de Siqueira, com a relação “identificando as regiões/bairros com probabilidade de desabastecimento e as medidas corretivas planejadas ou em andamento visando minimizar os eleitos do período de estiagem nas cidades afetadas”.

Ao todo, são oito cidades na Região Metropolitana de Goiânia, incluindo a capital e Aparecida, sete municípios no Entorno do Distrito Federal (DF) e outras 52 cidades do Estado. As razões para o desabastecimento são a redução na vazão dos mananciais utilizados para abastecer as cidades, redução do nível lençol freático e o aumento do consumo por parte da população nesta época do ano. Além disso, no geral, a empresa propõe a interligação de poços perfurados, o uso de caminhões-pipa, trabalho de controle de perdas e a realização de manobras no sistema (desligamento em determinadas regiões) para conter o desabastecimento.