Jardim Goiás: Comércio e perfil de morador levam a fluxo intenso
Polo comercial e reduto de famílias que não abrem mão do carro, Jardim Goiás sofre com gargalos
Quem mora, trabalha ou transita no Jardim Goiás tem sempre uma explicação para o trânsito conturbado da região, que dá acesso à BR-153 e a diversos condomínios fechados da cidade. Uma das características do local é o grande fluxo de carros o dia todo, o que pode ser explicado pelo comércio forte que funciona na região, ancorado pelo Shopping Flamboyant, e também pelo perfil do setor, de classe média alta - portanto, de famílias que usam o carro como principal meio de transporte.
O grande número de carros é apontado como principal problema da região por várias pessoas, inclusive por Murilo Pereira, dono de uma ótica localizada na Avenida Engenheiro Eurico Viana quase esquina com a Avenida Segunda Radial. “Deixo meu carro em casa e venho de moto porque é impossível andar por aqui de carro.” Ele conta que, no horário de pico, o congestionamento na Engenheiro Eurico Viana rumo Segunda Radial ultrapassa quatro quarteirões.
Para o vendedor Adriano Lima, que busca a mulher diariamente em uma loja na Engenheiro Eurico Viana, o congestionamento é causado pelo semáforo que fica no cruzamento das duas avenidas e que abre para os três sentidos, direita, esquerda e em frente. “O sinal não favorece quem vem da Avenida Jamel Cecílio para pegar a BR-153”, afirma. Os motoristas precisam cortar a Segunda Radial e fazer um retorno na Engenheiro Eurico Viana para entrar à direita no mesmo semáforo. “O trânsito aqui é um problema de engenharia de tráfego”, define.
A Avenida Engenheiro Eurico Viana é uma via comercial com um fluxo constante de veículos, principalmente no fim da tarde no sentido centro-periferia. Para quem trafega no sentido contrário, para a Avenida Jamel Cecílio, o primeiro gargalo é a rotatória na esquina da Rua Teresina, que dá acesso às entradas do shopping.
Logo à frente, o semáforo de três tempos na esquina com a Avenida Jamel Cecílio provoca outro congestionamento na via. Nos horário de pico, o motorista não espera menos que três aberturas de semáforo para cruzar a avenida.
Os problemas não param por aí. A falta de sincronia dos semáforos é apontada como outra dificuldade crônica da região. “Um abre e outro fecha”, reclama o gerente de uma loja que fica na Jamel Cecílio, Carlos Eduardo dos Santos. Para quem vem da Avenida E, prossegue ele, o problema é mais complicado ainda porque o sinal abre, mas a pista da Jamel Cecílio permanece cheia de carros.
O que falta, na opinião do auditor Rainey Pacheco, é organizar os semáforos, principalmente na rotatória do supermercado Wallmart. “Quem vem da BR-153 para ali porque um sinal abre e outro fecha.” Na opinião do taxista Edézio Fernandes, o que atrapalha o trânsito é não ter conversão à esquerda. Já para a comerciante Sandra Regina, a solução é outra: buscar rotas e horários alternativos. “Nunca saio pela Jamel Cecílio e pela Segunda Radial.”
Fonte: Jornal O Popular