Temporais do fim de semana danificaram Parque Macambira e ciclorrota ainda não inaugurada
Temporais do fim de semana danificaram Parque Macambira e ciclorrota, ainda não inaugurada
A beleza e a comodidade do Parque Ambiental Macambira (PAM), no Setor Faiçalville, inaugurado no último dia 20, não resistiram à primeira chuva forte. A precipitação do fim de semana foi suficiente para destruir parte da pista de caminhada e a ciclovia, especialmente na região das Ruas F-38 e F-39. O problema teria sido causado pela ineficiência na drenagem, mas a equipe de engenharia da obra fará um relatório com as causas e as possíveis soluções para evitar novos casos.
Na manhã de ontem, uma frente de trabalho do Consórcio Construtor Puama, responsável pelos três primeiros setores do Parque Urbano Ambiental Macambira Anicuns (Puama), já foi deslocada para o PAM e iniciou os trabalhos de reconstrução. Na região mais afetada, o pórtico que abre uma pista para pedestres que vai até a Avenida Presidente Martinês cedeu em um de seus lados, já que a terra que ficava abaixo dele foi levada pela forte chuva de sábado.
Ainda nesta região, a pista de pedestres, formada por pedriscos, ficou destruída, assim como boa parte do meio-fio. Segundo o coordenador da Unidade Executora do Puama, Nelcivone Melo, essa pista ainda é improvisada, pois será construída uma ponte de concreto na parte que passa sobre o Córrego Macambira. Melo considera que os estragos causados pela chuva não chegaram a atingir nem 0,5% do PAM e que os serviços no local devem durar ainda alguns dias, mas sem atrapalhar as obras nas outras regiões do projeto.
A reportagem do POPULAR andou com o coordenador, que também é presidente da Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma), por todo o PAM e outros parques que compõem o projeto. Melo mostrou que diversas bocas de lobo foram construídas em toda a extensão, mas que estas ficaram entupidas com lixo e galhos de árvores podadas por moradores locais, o que impediu que a água da chuva fosse para as galerias pluviais.
Além disso, as placas de gramas plantadas entre o meio-fio das ruas e as pistas de bicicleta e caminhada ainda não estavam enraizadas nos locais. Isso fez com que a força da enxurrada conseguisse arrancar boa parte das placas, até mesmo inteiras, o que impedia a drenagem da água e consequente absorção pelo solo. Em contato direto com a terra, a chuva foi lavando o local, causando a erosão vista na proximidade do pórtico e da passagem do córrego. Na Rua F-39, o bueiro celular teve de ser totalmente reconstruído, porque, com a enxurrada, um caminhão teve seu pneu dianteiro direito preso no local e o peso do veículo danificou as paredes de sustentação.
Segundo a Prefeitura, os grupos de engenharia do Puama e da empreiteira definiram a realização de serviços para evitar novos problemas. Entre eles estão a ampliação das bocas de lobo; execução de curvas de nível; aumento da altura do meio fio em pontos estratégicos e a implantação de grelhas e caixas de infiltração para permitir o escoamento da água que desce para dentro do parque.
Qualidade
Nelcivone Melo nega que os problemas tenham sido causado por erros de projeto e afirma que este tem qualidade internacional, comprovada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que financia a obra. “Temos fiscais da Prefeitura em todas as frentes de trabalho, que medem tudo o que é feito e ainda analisam a qualidade de tudo, levam para laboratórios e verificam que está sendo feito da maneira correta”, argumenta.
Parque Cascavel
Outros casos de erosão e perca de placas de gramas ocorreram em partes de outros parques que ainda não foram entregues, mas Melo afirma que, nestes casos, as obras ainda estão em andamento. Além disso, a Amma só registrou problemas com as chuvas no Parque Cascavel, na região do Parque Amazônia e Jardim Atlântico. No caso, um depósito de terra usada para a reconstrução da drenagem no local foi lavado pela chuva e sujou uma parte da pista de caminhada.
O gerente das Unidades de Conservação da Amma, Wilmar Pires, afirma que na manhã de ontem já foi feito o recolhimento da terra que será levada para o seu depósito final. O material será usado na reconstrução do solo em outros locais de Goiânia, como no Jardim Curitiba. Um caminhão-pipa da Amma foi utilizado para lavar a pista de caminhada, dando comodidade à população.
Foto: Jornal O Popular