Placas nos viadutos da Avenida 85 viram problema crônico
Nove anos após a construção, estruturas nas praças do Ratinho e Chafariz pedem manutenção periódica. Para especialista, ideal é retirar equipamento
A administração municipal ainda não encontrou uma solução para evitar a queda das placas de plástico revestidas de pintura metálica colocadas no entorno dos viadutos das Praças do Chafariz e do Ratinho, ambos na Avenida 85. Desde que as obras foram entregues, entre 2007 e 2008, as placas se soltam com frequência. O problema acontece porque as peças de fixação não resistem às intempéries e acabam despencando, oferecendo risco aos veículos.
Segundo motoristas que passam pelo local e comerciantes na Praça do Ratinho, é comum que as placas se soltem. A última vez foi durante a chuva do dia 6 de dezembro, em que a estrutura, que inclusive continha a informação do limite de velocidade na via em 40 km/h, teria caído sobre um carro. A placa estava ontem ao lado do viaduto, na estrutura com grama na Avenida 85, no sentido bairro-centro. As duas outras que estavam ao lado da que caiu estão suspensas apenas pela parte superior.
Sempre que um veículo maior passa em alta velocidade pela pista embaixo é possível ver as placas se balançando. Em todo o viaduto da Praça do Ratinho há pelo menos 15 placas arrancadas, o que não denota uma situação mais segura, já que a base de ferro que segura o plástico fica à mostra e, muitos deles, retorcidos, com partes para dentro da via.
Outro problema enfrentado pelos motoristas é com relação à má qualidade do asfalto nas vias, levando os condutores a realizar desvios, podendo inclusive colidir com a estrutura metálica. No viaduto da Praça do Chafariz é mais fácil perceber o quanto a passagem de veículos maiores interfere na condição da estrutura, pois as placas estão riscadas nas alturas de ônibus e caminhões.
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra), responsável pela manutenção dos viadutos, há trabalho de correção sempre que necessário. A Seinfra informa que não tem registro de placas que caíram sobre veículos e que elas seriam retiradas por ações de vândalos, por colisões de veículos e também devido à ação do tempo. “A cidade vive em movimento, então não há uma situação definitiva, até porque depende de ações externas como as citadas acima. As manutenções são constantes”, informa o órgão.
Engenheiro civil e professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Oswaldo Cascudo explica que as presilhas utilizadas para a fixação das placas funcionam em situação estática, mas que está provado que não servem para segurar a força dos ventos e o deslocamento das massas de ar ocasionadas pelas passagens dos veículos. “Tem que pensar uma solução duradoura, não adianta ficar fazendo a manutenção se essa maneira de fixação não funciona.
Caso não fosse possível uma nova forma de fixar as placas, Cascudo diz que há a opção de retirar todas as placas e verificar a viabilidade de deixar a estrutura mais simples. “Precisaria ver o projeto para analisar a viabilidade. Do ponto de vista estrutural não tem nenhum problema.”
Fonte: Jornal O Popular